Na última rodada da Superliga Cimed masculina, no fim de semana, os jogadores do Caramuru fizeram um protesto contra o atraso nos salários.
Em um saque feito pelo Sesc, os atletas do time paranaense não se mexeram, deixando a bola cair propositalmente. Um indício do tamanho da insatisfação do elenco com os problemas financeiros e da demora para uma solução.
O Web Vôlei falou com um atleta do elenco, que pediu para não ser identificado. Segundo ele, os atrasos salariais variam entre dois e três meses.
– Houve sim um protesto. Foi motivado pelo atraso de salário, um problema que vem acontecendo há alguns meses. Esperamos que tudo se resolva logo, pois isso vem afetando nossa motivação – disse.
Nos últimos dias, os gestores de Caramuru e os atletas se reuniram em busca de soluções. Um novo encontro, no decorrer da semana, deve ser marcado para a definição de um prazo para quitação dos atrasos.
Segundo o Diário de Campos, de Ponta Grossa, Fábio Sampaio, diretor do Caramuru, tem a intenção de passar uma nova posição aos jogadores nesta quarta-feira, após buscar uma solução do impasse com patrocinadores. Segundo o veículo, os salários dos jogadores da equipe variam entre R$ 3,5 mil e R$ 18 mil por mês.
Procurada, a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) disse que nenhuma reclamação formal chegou até agora à entidade.
Nos últimos anos, a CBV buscou endureceu com clubes devedores, após reclamações de atletas. Um item de fair play financeiro foi incluído no regulamento da Superliga, na temporada 2017/2018, exigindo que um documento assinado por todos os atletas e integrantes da comissão técnica seja enviado para a entidade comprovando que todos os pagamentos de salários foram feitos. Quem não entrega a declaração não tem a inscrição aceita para a competição do ano seguinte.
Caramuru ocupa a penúltima colocação na Superliga 2018/2019, com oito pontos (duas vitórias em 13 jogos) e hoje seria rebaixado ao lado do São Judas, lanterna com quatro.
O próximo compromisso do time será no próximo dia 30, contra o Sesi, na Vila Leopoldina, em São Paulo, com transmissão pelo site do Globo Esporte. E um novo protesto dos jogadores não está descartado caso a situação não seja resolvida.
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