A apresentação da Duda e Ana Patrícia, nesta tarde, em Uberlândia, será a cereja do bolo do Praia Clube no vôlei de praia. Dois dos principais nomes da modalidade serão o topo da pirâmide de um projeto com ambições para ser longevo e se tornar referência, passando por investimento na base e na infraestrutura.
No último ano, o Praia construiu 15 quadras de areia para atender três esportes: beach tênis, vôlei de praia e futevôlei. Elas se somam a outras nove já existentes, além de estrutura de apoio para trabalhos físicos, fisioterápicos e atendimento médico.
Além de Duda e Ana Patrícia, o projeto de vôlei de praia do clube de Uberlândia contará com as jovens Tainá e Victoria. Inicialmente, ele irá até o fim de 2024, após os Jogos Olímpicos de Paris.
– O Praia já tem grande excelência no vôlei feminino de quadra, é uma das principais equipes do Brasil e do mundo, já consolidada a sua posição de grande expoente. Depois da Olimpíada de Tóquio, nós entendemos que o vôlei de praia precisava se reorganizar ou precisava de apoio. Entendemos que o clube social esportivo faz parte da vida do esporte brasileiro. Tudo começa pelos clubes. Vôlei de praia era um dos esportes olímpicos que não tinha afinidade com os clubes, os treinamentos em praias ou quadras mais modestas, mas nunca com um clube por trás. O Praia Clube já tem toda uma estrutura, não só de quadra, mas de pessoal especializado, equipe técnica, todo um aparato que dá tranquilidade aos atletas. Uberlândia é uma vida que propicia vida de cidade grande para quem vem morar aqui. Então entendemos que precisávamos criar uma equipe Praia Clube no vôlei de praia, de alto nível, como é o vôlei feminino. Por isso estamos trazendo uma dupla como Duda/Ana Patrícia, que vão brigar por vaga em Paris. Teremos também a Tainá e a Victoria, dupla com chances muito boas para disputar a vaga olímpica. Elas estarão treinando juntas no nosso centro de treinamento – disse Carlos Augusto Ribeiro Ferreira Braga, presidente do Praia.
Segundo o dirigente, todo o investimento no alto rendimento do projeto será bancado pela iniciativa privada. O apoio do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) e verbas da Leis de Incentivo ao Esporte beneficiarão a outra ponta do projeto: as categorias de base. Já está aprovado, segundo apurou o Web Vôlei, um convênio no Ministério da Cidadania, na Secretária Nacional de Esportes, no valor R$ 630 mil para fomentar as categorias de base.
– Teremos equipes de base: sub-17, sub-19 e sub-21 no masculino e no feminino. Serão duplas para disputar o Campeonato Brasileiro. O trabalho com a base começará em março, depois de o profissional já estar estabelecido. Não queremos só atletas de alto nível: vamos trabalhar a base. No mínimo também serão três anos, mas é um projeto que veio para ficar, assim como o vôlei do Praia Clube – garante Braga.
Nesta semana, o Praia Clube também anunciou a contratação de André Baran, destaque do Brasil no beach tênis. Uma equipe profissional será formada para representar o Praia Clube na modalidade.