A pandemia de coronavírus atrasará um dos principais pedidos de atletas e técnicos no vôlei brasileiro: a implantação do vídeo-challenge na maioria dos jogos no país.
A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) estava em processo de aquisição dos equipamentos no exterior. Atualmente, dois deles estão inclusive retidos em Roma, na Itália, aguardando liberação para transporte.
A ideia era utilizá-los na Superliga Banco do Brasil 2019/2020. A competição feminina, porém, já foi finalizada por decisão dos clubes. A masculina está paralisada e será mais uma vez discutida no fim deste mês.
O equipamento de vídeo-challenge seria testado em competições de base realizadas em Saquarema, no Centro de Treinamentos da entidade. O período de testes também será utilizado para treinamento de pessoal. Atualmente apenas a Federação Mineira tem equipe com capacidade para operar os equipamentos do Sada Cruzeiro, usados em alguns jogos da Superliga, envolvendo os times de Minas Gerais, e em finais de Copa Brasil e Supercopa desde o ano passado, com empréstimo de toda a tecnologia para a CBV.
Toda nova aquisição costuma incluir no pacote horas de treinamento, com uma equipe estrangeira presente no Brasil, neste caso, para capacitar profissionais locais e fazer testes práticos com árbitros.
Além do equipamento já adquirido, a CBV tem um projeto já aprovado para captação de lei de incentivo para adquirir mais 12 equipamentos de vídeo-challenge. A entidade está autorizada a captar o dinheiro, mas não conseguiu avançar neste momento de paralisação da atividade econômica.
Por Daniel Bortoletto