O oposto Wallace, do Sada Cruzeiro, apagou do Instagram uma postagem feita nesta segunda-feira (30/1) com um questionamento sobre “dar um tiro na cara de Lula”.
O jogador abriu uma caixa de perguntas nas redes sociais, com uma foto dele em um clube de tiro. E uma das perguntas feitas por um seguidor foi: “Daria um tiro na cara do Lula com essa 12?”, com referência à arma segurada por Wallace na foto.
Wallace incluiu uma enquete, com o emoji de um anjinho, como resposta ao publicar o stories: Alguém faria isso? Sim / Não.
A repercussão em várias redes sociais foi instantânea, com questionamentos ao Sada Cruzeiro e à Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) sobre a atitude do oposto de incitação à violência.
O clube, atual líder da Superliga masculina, publicou a seguinte mensagem, se desculpando pela atitude do atleta:
“O Sada Cruzeiro lamenta profundamente a publicação realizada pelo nosso atleta Wallace e o seu conteúdo. Vivemos um momento delicado, em que precisamos ter muita cautela com as nossas manifestações.
As redes sociais podem parecer um espaço em que tudo está liberado, sem muita avaliação das possibilidades de interpretação, e isso é uma armadilha gigantesca. Reforçaremos com todo o nosso staff, atletas e comissão técnica sobre a importância da responsabilidade no uso das mídias digitais.
Ressaltamos, principalmente, que a violência nunca deve ser exaltada ou estimulada, e da parte do Sada Cruzeiro pedimos sinceras desculpas a todos.”
Já a CBV, procurada pelo Web Vôlei, enviou a seguinte resposta:
“A CBV repudia qualquer tipo de violência ou incitação a atos violentos, e entende que o esporte é uma ferramenta para propagação de valores como o respeito, a tolerância e a igualdade”.
A ex-nadadora Joanna Maranhão questionou em seu Twitter:
“Por acaso a Confederação de Vôlei tem um conselho/comitê de ética? Caso exista, vocês vão agir em relação a um atleta deliberadamente incitando violência e falando em atirar no rosto do presidente da República, não vão? Liberdade de expressão do atleta não dá direito a incitar violência não, tá?”.