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Darlan, 276 pontos depois, muda de patamar em 2023

Análise de Daniel Bortoletto sobre o excelente momento do jovem oposto Darlan, grande nome do fim da temporada da Seleção masculina
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Terminou a longa e cansativa temporada de seleções em 2023. Para a Seleção Brasileira masculina, com a vaga olímpica garantida, com um ouro pan-americano após 12 anos e com Darlan consolidado em um novo status.

O oposto, de 21 anos, furou a bolha do vôlei durante o Pré-Olímpico. Quem o conheceu pela TV aberta ou o viu ao vivo no Maracanãzinho se contagiou pelas comemorações, ficou curioso pelo gesto repetido antes do saque e talvez tenha passado a se interessar pelo Naruto por conta disso.

Dona Aparecida, a mãe, ajudou a humanizá-lo. Sincerona, ela fez com que a disputa familiar entre os filhos Darlan e Alan pela posição ganhasse mais carinho do que preferência por A ou B. Na bola, o mais novo dos irmãos Souza foi decisivo para o Brasil faturar a vaga em Paris-2024, fazendo 112 pontos (90 no ataque, 18 no saque e 4 no bloqueio). Era o início da mudança de patamar.

O bom momento de Darlan foi mantido nos Jogos Pan-Americanos. Voltou a ser protagonista em Santiago, com 92 pontos feitos, saiu com a medalha de ouro no pescoço e com o prêmio de melhor jogador da posição e melhor sacador.

Um fim de temporada surpreendente para quem ficou fora da Liga das Nações. Alan, Felipe Roque e Abouba foram os opostos utilizados pelo Brasil. Darlan teve a primeira oportunidade com uma “Seleção de Novos” na quase nada badalada Copa Pan-Americana, no México. O Brasil perdeu o título para o Canadá, mas Darlan se destacou individualmente, com 72 pontos marcados, e entrou na briga por um lugar no Pré-Olímpico. Com um problema familiar, Roque pediu dispensa e o resto é história.

A menos de um ano de Paris, Darlan virou mais do que a bola de segurança do time. É o candidato a ser o rosto da Seleção pelas próximas temporadas. Tem carisma e talento para isso.

Por Daniel Bortoletto

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