Darlan já caiu nas graças do vôleifã brasileiro. Atuações decisivas no Pré-Olímpico de 2023, temporada vencedora e de afirmação pelo Sesi e carisma de sobra para reger a torcida depois de cada ponto, com vibrações contagiantes. Tudo isso aos 21 anos, com a carreira praticamente começando.

Nesta Liga das Nações, Darlan parece ter convencido Bernardinho de sua importância na atual Seleção Brasileira. Foi titular nos três primeiros jogos no Maracanãzinho, na concorrência com o irmão Alan, e é maior pontuador do time, com 51 acertos. Suficiente para ser poupado das broncas de Bernardinho?

– Estou levando muito esporro (risos). Qualquer coisa que eu faço eu levo esporro. Mas acho que tem que ser assim mesmo. Isso mostra que ele acredita em você, não para de cobrar – comentou Darlan depois do jogo de sexta-feira.

O oposto demonstra maturidade para entender que agora não é mais “novidade”, como talvez fosse encarado no ano passado. E esse estudo dos rivais internacionais o obriga a melhorar.

– Agora (os adversários) me conhecem muito. Vai sendo um pouco mais complicado. Uma das minhas melhores bolas é o corredor. Em certos momentos eu tenho certeza de que o bloqueio vai estar fechado ali. Mas por um certo lado isso é bom, pois me obriga a criar novos golpes, ter novos recursos. É isso que eu preciso fazer para me manter em alto nível – comentou ao Web Vôlei.

Darlan contou ainda como foi receber a informação de que seria um dos escolhidos para Paris-2024. Antes da VNL, Bernardinho chamou o elenco em Saquarema para uma conversa e adiantou algumas definições, como os dois levantadores (Bruninho e Cachopa), os dois opostos (Alan e Darlan) e o líbero (Thales).

– A ficha ainda não caiu. Ele falou e eu fiquei sem entender no começo. Mas é muita felicidade. Sei que podem acontecer inúmeras coisas e não tenho a vaga 100% garantida. Mas quero continuar jogando, acho que fui bem nesta sexta e que seja assim pra melhor – finalizou.

Por Daniel Bortoletto, no Rio de Janeiro