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De volta ao EMS/Taubaté, Lipe sonha com vaga no Mundial

O ponta Lipe, ouro na Olimpíada de 2016, fala sobre o retorno ao campeão da Superliga e os planos ousados para a temporada 2019/2020
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“Voltar para cá é como voltar para casa. Gosto não só do clube como um ótimo local de trabalho, mas também gosto muito da cidade de Taubaté”. Assim o ponta Luiz Felipe Fonteles, o Lipe, 35 anos, resume a alegria de estar de volta ao clube que já defendeu por duas temporadas.

Integrando a lista dos contratados para a temporada 2019/2020, Lipe já trabalha com parte do elenco. E traça objetivos ousados para as competições do EMS/Taubaté, campeão da última Superliga. Confira a entrevista:

Como você se sente ao voltar a vestir a camisa do Taubaté três anos depois, e com o currículo acrescido de um ouro nas Olimpíadas de 2016?

Para mim é sensacional voltar para cá. Foram anos inesquecíveis da minha carreira quando vesti a camisa do Taubaté (de 2014 a 2016), ainda era o início do projeto da equipe, mas já existia uma mentalidade vencedora que já era demonstrada em quadra. Voltar para cá é como voltar para casa. Gosto não só do clube como um ótimo local de trabalho, mas também gosto muito da cidade de Taubaté, morar aqui é muito bom, é uma cidade tranquila, gostosa, que mesmo sendo de interior, tem tudo o que uma cidade grande tem.

Você foi protagonista de grandes duelos principalmente nos playoffs finais da última Superliga, vestindo a camisa do Sesi e enfrentando o Taubaté. Como é essa sensação de agora estar do lado de cá?

Estou muito feliz de ter sido convidado para voltar a jogar aqui. A equipe busca objetivos grandes, então isso quer dizer que eu continuo desempenhando o meu voleibol em alto nível. Isso me dá muito prazer. Tenho certeza, desde que vi a composição da nossa equipe, o elenco que nós temos, que os objetivos são de ganhar tudo o que formos disputar, Campeonato Paulista, Superliga, Copa do Brasil e o Sul-Americano. No meu coração a vontade é de conseguir essa vaga para o Taubaté no Mundial de Clubes. Acho que o time e a cidade merecem isso, por toda a trajetória que a equipe construiu. Seria maravilhoso nós conseguirmos essa vaga e colocar o Taubaté num nível mundial.

Aos 35 anos, qual o segredo para aguentar a longa e desgastante temporada, com várias competições e um alto nível de exigência?

Nós sempre comentamos que são muitos jogos e que a rotina é cansativa, mas nós, atletas, estamos acostumados com isso. Em relação às condições físicas, acaba sempre surgindo uma ou outra lesão, e isso quem vai gerir é o staff técnico. O Renan (Dal Zotto), assim como toda a competente comissão técnica que nós temos, vai fazer esse trabalho de rodízio quando possível, um trabalho de preparação física direcionado, etc. Aqui no Taubaté nós temos uma estrutura maravilhosa, que não se vê em outros times. Estrutura de avaliação física e biológica, é incrível o que nós temos aqui, e isso ajuda demais para que nós possamos nos manter em boas condições para jogar e ajudar o time. Esse controle por parte da comissão técnica é importante para que nós tenhamos um aviso, um alarme de quando estamos num momento de fadiga e uma possível lesão possa nos atingir. Acho que de forma geral estamos preparados e guarnecidos para encarar essa temporada de muitos jogos.

O primeiro desafio já começa em agosto, com o Campeonato Paulista e a busca pelo hexacampeonato. Quais as suas expectativas para mais esta edição do estadual?

O Campeonato Paulista é o segundo campeonato mais forte do Brasil, perdendo só para a Superliga. São várias equipes de São Paulo que se destacam no nacional, então é sempre um campeonato duro. Infelizmente a edição deste ano terá duas equipes a menos, o que é lamentável, tanto para o público, quanto para atletas, claro. Mas vejo o Paulista, principalmente em sua fase de decisão, como um torneio bem forte. Nós teremos a questão dos atletas que ainda estão com a Seleção, e não deverão jogar a primeira fase, mas nos playoffs com certeza veremos uma prévia do quão forte será a próxima Superliga. Acredito que não fugirá muito do que vimos no último Paulista e, claro, na Superliga. Taubaté e Sesi são os favoritos, e o (Vôlei Renata) Campinas chega como uma terceira força interessante. Vai ser uma bela preparação para a Superliga.

Lipe na pré-temporada de Taubaté (Renato Antunes/Maxx Sports)

Neste início de trabalho, Taubaté segue trabalhando sob comando do auxiliar Maurício Thomas, já que o técnico Renan Dal Zotto está com a Seleção Brasileira. Estão treinando em Taubaté: Rapha (levantador), Fabiano (levantador), Vissotto (oposto), Matheus Celestino (ponteiro), Lipe (ponteiro), Renan Bonora (ponteiro), Petrus (central) e Symon (central).

Estão com a Seleção principal: Lucarelli (ponteiro), Douglas Souza (ponteiro), Maurício Souza (central), Thales (líbero) e Lucão (central). Esses jogadores só se apresentarão ao clube após o dia 15 de outubro.

Já o levantador Eduardo Carísio e o líbero Rogerinho estão com a Seleção B, que disputará os Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, de 26 de julho a 11 de agosto.

O oposto marroquino Mohamed Al Hachdadi é outro que ainda não se juntou ao elenco. O atleta está resolvendo assuntos particulares e será apresentado em breve.

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Tags: EMS/TaubatéLipe

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