A retorno a uma final de Superliga, após 12 anos de ausência, fez o Fiat/Minas ter certeza de estar no caminho certo. Tanto que as mudanças para 2021/2022 prometem melhorar ainda a qualidade do elenco.
Nery Tambeiro, rumo à oitava temporada no comando, manterá grande parte da espinha dorsal: o levantador William, o ponta Honorato, o central Matheus Pinta e o líbero Maique. As baixas já certas são o oposto Escobar, o ponta Lazo e o central Gustavão. Mas todos eles com reposições relevantes e animadores para a torcida: Leandro Vissotto, ex-Vôlei Renata, Leozinho, ex-Spor Toto (TUR), e Maurício Souza, ex-EMS/Taubaté.
Em condições normais de temperatura e pressão, a qualidade do time tende a aumentar. Vissotto fez uma ótima temporada em Campinas, atuando com bolas mais rápidas na combinação com Demian González, em uma reinvenção para a idade (prestes a fazer 38 anos). Não deve ter problema para repetir o estilo de jogo com o Mago. Leozinho teve duas temporadas de amadurecimento no vôlei turco e retornará ao Brasil mais completo. Na comparação com Lazo, tem mais poder de ataque e bloqueio. Já Maurício Souza, campeão olímpico, foi o maior bloqueador da última Superliga e eleito para a seleção do torneio. Já diz muito sobre o peso do reforço.
Existe também a preocupação de Nery em qualificar as opções no banco de reservas. Uma das apostas será Matheus Silva, ponteiro que defendeu o Azulim/Gabarito/Uberlândia. Ele foi o 19° maior pontuador da Superliga, com 232 acertos, e o 15° entre os melhores passadores, com 66% de acerto.
Vale sempre lembrar que o Minas não abre mão de manter os jogadores formados em seus categorias de base no elenco. Na reta final da Superliga, por exemplo, o jovem Arthur Bento, 16 anos, ganhou minutos em quadra. Gustavo Orlando e Paulo, um pouco mais velhos, são outros dois atletas vistos como futuro do time.