Deu a lógica na fase de grupos do Campeonato Mundial feminino de clubes. Conegliano e Scandicci terminaram invictos, na liderança dos respectivos grupos. Já Dentil/Praia Clube e Osasco/São Cristóvão Saúde avançaram para a semi, perdendo o confronto direto para os favoritos.
Após um enredo mais do que esperado até aqui, o que projetar para as semifinais entre Conegliano x Osasco e Scandicci x Praia? Vendo de perto o nível dos envolvidos e entrevistando protagonistas nos três dias de competição, o verbo desfrutar foi muito utilizado e serve como uma luva para os representantes brasileiros.
Luizomar de Moura, Rui Moreira, as jogadoras de Osasco e Praia e a maioria esmagadora dos vôleifãs das duas equipes sabem que o nível dos rivais italianos é muito mais alto. Com todo o respeito a quem foi citado nesta frase. Então novas derrotas brasileiras nas semifinais são esperadas, seriam normais. “Então é entrar em quadra pra perder?”, alguém pode me questionar. Não! É para entrar e desfrutar um jogo que não acontece todo dia.
É entrar em quadra mais leve, sabendo que a obrigação de vencer é 100% das verdadeiras seleções mundiais de Conegliano e Scandicci, com craques de diversas nacionalidades e um investimento muito maior. É tentar se divertir, sem peso, com um pouco menos de responsabilidade do que o normal. “Então os times brasileiros poderão ganhar se entrarem assim?”, seria uma outra pergunta justa.
Seguirem dizendo que não. Mas poderão deixar uma boa impressão e seguir em frente para o real objetivo viável: o terceiro lugar. Osasco e Praia já cumpriram a obrigação neste Mundial: estar na disputa por uma medalha. Neste caso, a de bronze.


