Recebi algumas mensagens perguntando sobre o funcionamento da zona mista, a área de entrevistas de atletas e treinadores ao fim das partidas nos Jogos Olímpicos de Paris. Em resumo: ao sair da quadra, todos deveriam obrigatoriamente seguir o mesmo caminho até os vestiários (nem todos cumprem). E, assim, passar pelo espaço onde jornalistas ficam posicionados.
Neste caminho, as TV’s detentoras dos direitos de transmissão são as primeiras da fila e sempre fazem material exclusivo. Depois rádios com direitos, na sequência a FIVB e o sistema oficial de informação dos Jogos e, por fim, sites e jornais do mundo todo.
Percebe-se que a fila é longa até chegar ao Web Vôlei. Não são pouco(a)s os que fazem um gesto de não com o dedinho e passam ser falar com parte da imprensa (resultado importa demais neste momento e a quantidade de entrevistas até a chegada ao fim da zona mista). E estão no direito os que não aceitam falar. Mas a maioria, ao ser chamada, para e fala.
Nesta quarta-feira, por exemplo, meu gravador tinha entrevistas com brasileiros, cubano naturalizado polonês, sérvio, sérvia, americanas, argentinos, japonês… Uma verdadeira Disneylândia para quem gosta da modalidade.
Dependendo do jogo e do horário, a concorrência da imprensa diminui e você consegue fazer até entrevistas exclusivas. Comigo aconteceu assim com Santarelli, Vargas, Nikola Grbic, Bruno Lima, por exemplo. Com Leon ontem, apenas mais dois integrantes da mídia brasileira estavam comigo na entrevista, depois de o ponteiro já ter dado muitas entrevista antes de chegar ao nosso espaço.
Alguns casos são curiosos. José Roberto Guimarães, sempre atencioso, costuma demora a chegar na parte dos sites e jornais. Depois do triunfo sobre o Quênia, apenas Web Vôlei e Uol o esperavam. Demais integrantes da mídia brasileira precisavam correr para outros eventos pela cidade e não esperaram.
Em alguns momentos, muitos atletas passam juntos e ao escolher um você vai perder outros quatro interessantes. Faz parte. Por enquanto, diria que estou feliz com o meu aproveitamento. Acho que recebi uns 20% de “nãos” na zona mista. Muitos nomes ainda estão na minha lista de desejos e espero riscá-los no decorrer dos Jogos.
Por Daniel Bortoletto, em Paris