Uma situação inusitada impediu a realização da partida entre o Dukla Liberec e o Dínamo Moscou, pela fase de grupos da Champions League feminina de vôlei nesta quarta-feira. Segundo o clube russo, cinco integrantes da comissão técnica (treinador, assistente, estatístico, fisioterapeuta e médico) não receberam o visto para entrada na República Tcheca. Resultado: a viagem não aconteceu e o WO já foi confirmado no site da Confederação Europeia (CEV).
O comunicado do clube russo, no site oficial, diz que procurou a CEV e pediu o adiamento do confronto, mas não foi atendido. A derrota por WO elimina o Dínamo Moscou, classificando antecipadamente o Novara, que nesta quarta entra em quadra em Istambul, na Turquia, diante do THY.
“Gostaríamos de jogar com o Dukla no dia 13 de fevereiro, dois dias antes do confronto com o Novara. Pedimos a time italiano que nos ajudasse com a emissão de vistos antecipadamente, para que pudéssemos poderia entrar na República Checa com esses documentos. Dukla poderia facilmente ter disputado dois jogos consecutivos em casa. Em vez disso, eles responderam que já haviam pago a hospedagem dos árbitros para a partida de 2 de fevereiro e recusaram o adiamento. Como se não tivéssemos gasto com a viagem e o hotel. Na minha opinião, uma equipe correta não se comporta assim. Lembro que no turno o Dukla voou para Moscou em um avião militar, que exigia autorizações adicionais. Organizamos tudo e os ajudamos de todas as formas para entrar na Rússia – disse Vladimir Zinichev, general manager do Dínamo Moscou.
O dirigente russo diz que a decisão é uma retaliação política do governo tcheco. Existe muita tensão na Europa após a Rússia ter deslocado um grande contingente militar para a fronteira da vizinha Ucrânia, cogitando uma invasão. Várias países já se declararam contra a ação de Vladimir Putin.
– Acredito que as ações da República Tcheca justificam plenamente sua inclusão na lista de países hostis à Rússia.