A partida entre Bluvôlei x Gerdau Minas, na noite desta sexta-feira (19/1), pela abertura do segundo turno da Superiga Bet7k feminina, em Blumenau, foi marcada por grande polêmica, que gera divergência entre a arbitragem.
A levantadora Jenna Gray, do Minas, trocou de camisa durante o intervalo do segundo para o terceiro set por conta do calor no Ginásio Galegão, mas ao invés de vestir o uniforme com número 10, colocou um com a 11, da também americana Annie Mitchem. Os árbitros não perceberam o erro na checagem das atletas para iniciar a parcial e o jogo prosseguiu. O erro só foi percebido pela arbitragem quando o jogo estava 8 a 7 para o Bluvôlei. Foram 10 minutos de paralisação a partir daí para discutir o que fazer.
Por fim, o lance foi interpretado como se a jogadora estivesse em quadra de forma irregular e, com isso, o árbitro voltou o ponto, gerando muita reclamação dos dois lados. O time mineiro alegou que o erro foi também da arbitragem, que tem a obrigação de conferir a escalação das jogadoras antes do início das parciais. A equipe do Sul pedia a perda de todos os pontos do Minas no set. E esse argumento catarinense é o que gera mais divergência.
Nas redes sociais, a árbitra Debora Santos concorda com a tese do Bluvôlei. Ela escreveu o seguinte:
“Regra 7.3.5.3: Se a divergência entre as posições dos jogadores e a papeleta de formação inicial é verificada após o início do set, as posições da equipe faltosa devem ser retificadas. Os pontos obtidos pela equipe adversária serão considerados válidos, além de receber um ponto e o direito ao próximo saque. Todos os pontos marcados pela equipe faltosa, desde o momento em que houve a falta, até o descobrimento da falta, serão cancelados. Se havia duas atletas #11 na quadra, a formação é irregular”, postou Debora.
Durante a transmissão do Sportv, o árbitro Anderson Caçador, que faz parte da Cobrav, a Comissão Brasileira de Arbitragem, foi procurado pela emissora, admitiu que nunca havia visto lance parecido e deu razão à decisão dos árbitros do jogo. Segundo ele, existia uma dúvida deles sobre qual seria o momento inicial do erro do Minas.
De acordo com a regra, porém, em situações em que a “falta não pode ser determinada, não há cancelamento de pontos e um ponto e o saque para o adversário serão as sanções”. E na partida de ontem a arbitragem voltou o ponto.
O terceiro set acabou sendo vencido pelo Minas por 26 a 24. O time visitante ganhou o jogo por 3 a 2.