O campeão olímpico Douglas Souza seguirá no EMS/Taubaté na temporada 2020/2021, a terceira consecutiva. Em uma entrevista ao site oficial do clube, ele relembrou grandes momentos da trajetória da conquista da Superliga 18/19 e falou sobre as perspectivas para o próximo ano.
Confira o papo com o ponta:
As finais da temporada 2018/2019 contra o Sesi-SP marcaram muito, mas a classificação na semi saiu após uma surpreendente sequência de 3 a 0 contra o forte Sada/Cruzeiro nas semifinais. A que você atribui aquela classificação de certa forma “fácil” diante do rival mineiro, já que a expectativa é de que também fossem necessários cinco jogos para definir quem avançaria?
Toda a expectativa de ter cinco jogos na fase semifinal daquela Superliga veio da temporada anterior e dos jogos que nós fizemos contra eles na edição 2018/2019. A nossa classificação com três jogos a zero contra eles foi fruto do nosso momento, que era muito bom. Nas quartas de final nós já tínhamos apresentado um jogo muito sólido. Outro ponto é que nós tínhamos passado dificuldades durante a temporada, momentos em que o time não se apresentou tão bem, então quando chegamos para a decisão da vaga na final, nós estávamos de certa forma calejados e focados em não deixar mais nada de errado nos atrapalhar. O Sada nos pressionou, os jogos foram muito equilibrados, mas nosso momento era melhor.
Você era um dos novatos naquela equipe que se tornou campeã inédita da Superliga. Qual foi a sensação ao término do quinto jogo em Suzano?
Foi minha primeira temporada aqui e já com o título inédito para a cidade. Para nós, e para mim, foi uma conquista muito especial pelas dificuldades que passamos, questões extra quadra que também foram duras de serem superadas. Senti que em alguns momentos a própria torcida não estava mais acreditando em nós, então quando conseguimos tirar essas forças sei lá de onde, e conquistar o campeonato, a sensação foi de enorme alegria. Para mim esse título é histórico também, pois foi meu primeiro na Superliga e por um time de uma cidade que eu adoro, me identifiquei muito com Taubaté. Os torcedores abraçam o time e nos respeitam demais, mesmo quando o jogador é novo na equipe, ele recebe essa positividade.
A série final contra o Sesi-SP foi equilibrada do início ao fim. Como foi lidar com a pressão, por exemplo, de ser derrotado já no primeiro jogo?
Nosso time estava muito acostumado com situações difíceis naquela temporada. Apesar do primeiro jogo nós termos perdido, jogando em São Paulo, sabíamos que a série era longa e dava para reverter tranquilamente. O andamento da série final foi equilibrado, e o que fez a diferença foi a nossa confiança. Nós estávamos focados, jogando bem e o elenco era formado por atletas acostumados a momentos de decisão e pressão.
O que mais ajudou a superar esses momentos de pressão na fase decisiva?
O que ajudou foi a resiliência do grupo e a confiança que cada um tinha no outro. Nossa equipe chegou às finais com um sentimento de companheirismo muito grande, e o time como um todo, incluindo a comissão técnica e o pessoal de apoio do clube, todos estavam num sentimento único de vitória. Sem dúvidas esse clima refletiu dentro de quadra.
Você recebe sempre muito carinho da torcida do EMS/Taubaté/Funvic. Quão importante é esse apoio deles para vocês nos jogos, e especialmente em partidas decisivas?
A torcida do Taubaté é simplesmente sensacional. Mesmo o pessoal que não conseguiu ir até Suzano ver os jogos das finais, eles acompanharam pela TV e nos mandavam muitas mensagens de apoio pelas redes sociais em todos os jogos. Isso realmente nos deu, e dá, muita força. Vemos torcedores do Taubaté que viajam longe, até para outros estados para ver nossos jogos, isso é espetacular, então é uma torcida diferenciada sim, que joga junto com o time.
De toda a temporada 2018/2019, quais fatos ou passagens mais te marcaram até a conquista do inédito título da Superliga?
Foi muito marcante a minha torção no tornozelo. No terceiro jogo da série final eu acabei torcendo, e fiquei extremamente chateado, mas são coisas que acontecem, faz parte do esporte. Graças ao nosso fisioterapeuta Miguel Ambrósio, consegui me recuperar a tempo de ajudar no último jogo. Sou muito grato a ele, pois trabalhamos bastante, fizemos um tratamento intensivo e deu tudo certo. No quinto jogo eu estava melhor e confiante de que poderia ajudar o time. Nós jogamos muito bem e vencemos, foi a coroação de uma temporada muito dura, de momentos complicados para nós, mas que conseguimos superar dentro e fora de quadra e levantar esse título.
O que você espera da temporada 2020/2021 jogando pelo Taubaté?
Estou muito feliz de defender o Taubaté. Vou para minha terceira temporada aqui, e a expectativa é continuar melhorando meu jogo, crescendo nos fundamentos e ajudando o time. Mais uma vez nossa equipe vem forte, está sendo montada para sempre para buscar os títulos que for disputar. A torcida pode esperar de mim e de todos os atletas muita dedicação, trabalho duro e vontade de vencer sempre. Queremos buscar esse bicampeonato da Superliga e teremos também o Sul-Americano que é uma das nossas metas. Será uma temporada difícil, mas vamos com tudo para buscar esses objetivos.