O campeão olímpico Wallace comemora o bom momento dentro e fora de quadra neste início da temporada de clubes.
Fora do vôlei, ele acaba de ser pai pela segunda vez. No dia 31 de outubro, nasceu Mia. Já dentro, ele festeja ter conseguido se recuperar fisicamente após pedir dispensa da Seleção Brasileira após o Pré-Olímpico. Acompanhou a reta final da gravidez da esposa Mariana, viu a Copa do Mundo de casa, descansou, garante estar livre de dores depois de muitos anos e não vê problemas com o aumento da concorrência. Alan, o substituto na saída de rede, jogou muito, foi eleito o MVP da competição e acirrou a briga pela titularidade.
– Foram 9 anos sem férias. Esse tempo fora da Seleção foi essencial, me revigorou muito, não só na questão física, mas na mental também. Você cansa, né! Essa pausa me ajudou bastante na questão de dor também. Estou treinando há quase dois meses e não sinto mais dores. Isso dá uma vida útil absurda para o atleta. Espero que continue assim. Foi legal da parte do Giovane (Gávio, técnico do Sesc) e do Renan (Dal Zotto, da Seleção). Mesmo sendo uma coisa já conversada, foi bom que os dois me ajudaram ali. Essa folga foi maravilhosa – garantiu Wallace ao Web Vôlei, antes de completar:
– O atleta paga a conta do calendário. Acho que é meio desumano quase emendar clube com Seleção. Teve cara que chegou na quinta e já teve semifinal do Paulista no sábado. Isso é bizarro, muito difícil para qualquer atleta. Não faz sentido nenhum.
A ausência de Wallace foi muito bem aproveitada por Alan. A concorrência mudou de patamar para a Olimpíada de Tóquio, algo elogiado pelo oposto do Sesc:
– É legal demais. Para a Seleção é importante. Eu passei por isso e o Alan está tendo essa fase dele. É sensacional ter um concorrente desse. O bom é que nenhum dos dois baixa a guarda.
Wallace estreou na Superliga em Montes Claros, com uma vitória sobre o América por 3 sets a 0. Para ele, a competição será essencial para ter um bom desempenho em Tóquio-2020:
– Olimpíada são outros 500. Vamos treinar bastante, brigar por espaço. Não é demagogia, mas para eu estar na Olimpíada tenho de fazer uma Superliga boa. Vou treinar bastante, focar muito nessa temporada para chegar bem na Seleção.
Sobre os objetivos do Sesc, Wallace vê uma nova característica do time como primordial para apagar a imagem deixada na temporada passada.
– Cada time tem sua especialidade. A do Sesc é o passe. Na comparação com a temporada passada, vai ser um time mais passador. Espero que a gente consiga passar para a semifinal e daí é equilíbrio total. Ficamos pelo caminho na última temporada. A gente poderia ter avançado mais, deveria ter feito jogos mais equilibrados. Em geral, não jogamos tão bem na Superliga passada – disse ele, falando da linha de passe com Maurício Borges, Jan Martinez e os líberos Tiago Brendle e Alexandre.
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