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Em votação apertada, Carol Solberg é advertida pelo STJD

Com três votos pela punição e dois pela absolvição, Carol Solberg tem multa transformada em advertência em julgamento pelo STJD
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A jogadora Carol Solberg foi advertida pela 1ª Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) da CBV, em julgamento nesta terça-feira, pela declaração “Fora, Bolsonaro”, dada ao término de partida válida pelo Circuito Brasileiro de vôlei de praia, no último dia 20, durante uma entrevista.

Ela acabou condenada por 3 votos a 2, com base no artigo 191 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), por descumprir o regulamento, com alegação que a declaração pode atrapalhar, por exemplo, a sequência do patrocínio do Banco do Brasil para a CBV. A multa de R$ 1 mil foi convertida em advertência. No artigo 258, “assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva não tipificada pelas demais regras deste Código”, ela foi absolvida por 4 votos a 1. A pena máxima nos dois artigos era suspensão de seis jogos e multa de R$ 100 mil.

Caso Carol volte a se manifestar politicamente em quadra, “a punição pode ser de uma forma pior”, como verbalizou o presidente da comissão, Otacílio Araújo, responsável pelo desempate na votação do artigo 191.

– Na minha opinião para expressar o que ela expressou naquele momento ela está errada. Ela não deveria ter falado aquilo. Se ela desse entrevista no outro dia, muito bem, opinião dela, fora das quatro linhas. Tem certas horas que você não pode falar coisas dentro da quadra de jogo – disse Otacílio em seu voto.

– Você não está ali para se manifestar de forma politicamente ou religiosamente. No passado, todo mundo lembra que quando um atleta fazia o gol ele mostrava ‘alô mamãe’, ‘alô papai’. Isso foi banido. Não é o momento adequado. A atleta pode falar a vontade nas redes sociais dela, que ninguém vai falar nela. Mas se ela for nas redes sociais dela e falar mal do tribunal, ela pode ser denunciada – completou o presidente da comissão.

Ao ser questionada pelos auditores, Carol Solberg disse não se arrepender pela frase:

– De jeito nenhum. Não me sinto arrependida. Expressei minha opinião. Só manifestei minha opinião contra um governo – disse Carol, que voltou a dizer que a manifestação foi “grito de tristeza e indignação por tudo o que está acontecendo: as queimadas no Brasil, Amazônia, as mortes por covid”.

A jogadora chegou a ser questionada sobre seguir recebendo verba do Bolsa Atleta, já que nas últimas semanas a informação falsa foi compartilhada em redes sociais. Ela disse ter recebido até outubro do ano passado. Carol chegou a perguntar ao presidente Otacílio Araújo qual o valor constava na documentação que ele tinha em mãos. Ao ouvir R$ 11 mil, a jogadora se ofereceu a abrir o sigilo bancário para provar que o valor também era mentiroso.

 

Tags: Carol SolbergSTJD

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