Pergunte ao ponta Leal a lista de desejos para 2019. E não se surpreenda ao ouvir : 1 – Seleção Brasileira; 2 – Seleção Brasileira; 3 – Seleção Brasileira.
Aos 30 anos, o cubano naturalizado brasileiro cumpre os últimos meses de quarentena após a mudança da nacionalidade para defender uma segunda bandeira nas competições internacionais de vôlei. Poderá ser convocado por Renan Dal Zotto para importantes compromissos, como o Pré-Olímpico, o Sul-Americano, o Pan de Lima (PER) e a Copa do Mundo.
O próprio técnico já disse, em entrevista ao Estado de S. Paulo, que pretende ter uma conversa com o jogador para incluí-lo nos planos para o próximo ano. Se depender de Leal, não haverá nenhum impedimento.
O ponta do Civitanova, da Itália, não esconde de ninguém que a Seleção Brasileira é principal meta da carreira após a vitoriosa passagem pelo Sada/Cruzeiro durante os últimos seis anos.
– Esse é meu grande objetivo não só para o ano que vem, mas para os próximos também. Estou treinando muito para isso e espero ter essa oportunidade – disse Leal ao Web Vôlei.
Antes da conversa com Renan, Leal já começa entender os mecanismos de funcionamento da Seleção com Bruninho. O levantador é o atual capitão verde-amarelo, um dos líderes do grupo e agora divide quarto com o ponteiro no Civitanova. Eles já iniciaram um processo de “aclimatação” para o reforço entender as regras do grupo e se sentir em casa com a camisa brasileira.
Nesta entrevista por e-mail, Leal fala sobre a Seleção, os primeiros meses na Itália e dos planos a curto e médio prazo na carreira.
1 – Já venceu aquela dificuldade normal de adaptação a um país novo?
Já estou mais acostumado aqui na Itália sim e espero que o próximo ano tudo corra bem e alcancemos juntos boas vitórias.
2 – Facilitou ter o Simon, um companheiro de longa data, ao seu lado neste início pelo Civitanova?
Sempre é bom ter um amigo jogando ao teu lado. Eu fico muito feliz de ter o Simon no meu time e espero que a gente conquiste grandes triunfos aqui na Itália.
3 – Como é a sua relação com o Bruninho fora das quadras?
Bom, com o Bruno tudo vai bem. Nós somos companheiros de quarto e isso é bom para nosso relacionamento tanto dentro de quadra como fora dela.
4 – Já tiveram a oportunidade de falar sobre Seleção Brasileira, já que ele é capitão e um dos líderes do grupo?
Sim, já falamos muito sobre a Seleção. Ele me fala como funcionam as coisas lá. Espero chegar lá, ser convocado e ajudar muito o time brasileiro. Esse é meu grande objetivo não só para o ano que vem, mas para os próximos também. Estou treinando muito para isso e espero ter essa oportunidade.
5 – Está ansioso pela oportunidade de defender o Brasil em 2019?
Estou muito ansioso, já que estou esperando muito tempo por isso. É um sonho que eu tenho voltar a jogar em seleção e agora que posso defender a Seleção Brasileira espero me dar bem e mostrar que estou em um bom nível de jogo, além de ajudar meus companheiros.
6 – Do que mais você sente falta de Belo Horizonte?
Eu sinto muito falta de Belo Horizonte. Eu praticamente tive uma vida lá. Em BH eu tive a oportunidade de conhecer muitas pessoas e fiz grandes amigos. Algum dia eu voltarei para fazer uma visita ou até jogar, se Deus permitir.
7 – Ficar em segundo lugar no Mundial foi considerado um resultado ruim pelos dirigentes do Civitanova. Você ficou surpreso com a repercussão e com a saída do Giampolo Medei?
Foi uma competição difícil para nós já que nosso time tinha tudo para ganhar, mas não deu certo. O esporte é assim. Acredito que o segundo lugar tenha sido bom também, mas temos de seguir trabalhando para conseguir grandes títulos nesta temporada. Agora nosso time está melhor e seguimos crescendo. Espero que no final tudo dê certo.
8 – Ganhar o scudetto e a Champions virou uma obrigação?
Acho que não é uma obrigação. Nós queremos ganhar essas competições como as que faltam ainda por disputar.
9 – Notícias recentes em Cuba dão conta de uma flexibilização nas regras para o retorno de alguns atletas para a seleção. O que você pensa sobre isso?
A verdade é que não penso muito sobre isso, mas eu espero que dê certo. Existem grandes jogadores que podem jogar por Cuba ainda e isso vai ser bom para fazer o país retornar ao nível mundial.
10 – Deixe uma mensagem para seus fãs no Brasil
Quero agradecer a todos meus fãs do Brasil pelo apoio que me dão sempre, espero que seja assim na seleção, se eu for convocado. Quero mandar principalmente um grande abraço para a torcida do Cruzeiro.
LEIA TAMBÉM
+ Após “aparecer” no Mundial de Clubes, Mayany ganha espaço no cenário nacional
+ Por pouco Maique não abandonou a carreira no vôlei. Entenda os motivos!
+ Entrevista com o narrador Bruno Souza, quase uma unanimidade entre os fãs do vôlei