A bicampeã olímpica Fabi Alvim – ouro nos Jogos de Pequim-2008 e Londres-2012 -, disse, em entrevista ao GE, que as atuações da líbero Marcelle na Seleção Brasileira Feminina de Vôlei , bronze na VNL, em julho deste ano, e no Campeonato Mundial da Tailândia, a credenciam a brigar por uma vaga de titular com Nyeme, que ficou de fora da última convocação do técnico José Roberto Guimarães por estar de resguardo após dar à luz o primeiro filho
– Vejo uma disputa, daqui para a frente, com a Nyeme. A gente passa a ter uma disputa que só engrandece a posição de líbero. Sempre tivemos histórico de grandes líberos e disputas. Estar na Seleção é uma conquista muito grande, dá muita maturidade também – disse Fabi.
A bicampeã olímpica se preocupa em não colocar pressão demais na nova pupila, que teve uma ascensão meteórica com a camisa da Seleção. Marcelle começou a temporada, em maio, como líbero convidada. As convocadas eram Laís e Kika. Mas, conquistou a posição após entrar no Brasil x França em Chiba, no Japão, pela terceira etapa da Liga das Nações, e não deixou mais o posto.
– Ela vem de uma comunidade, muitas vezes teve que se reinventar. Há pouco mais de um ano, entrava para sacar no Sesc Flamengo. Foi corajosa, tendo algumas mudanças. Muitas vezes, a gente precisa ter certo cuidado quando a gente projeta, cria expectativa em cima de uma jogadora. Só que, quando você olha, como foi, mais ou menos 12 jogos até o Mundial, fica difícil sustentar o discurso. Como você não se empolga?. É muito difícil que uma jogadora entre numa competição das mais importantes para a seleção brasileira e se sinta tão à vontade. Não lembro uma trajetória tão meteórica quando a gente observou com a Marcelle nos últimos dias – completou Fabi.
A aprovação das atuações de Marcelle por parte da torcida brasileira foi tamanha, que ela já ganhou o sobrenome de Alvim, uma referência à bicampeã olímpica Fabi Alvim.