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Felipe Brito e Gabi Garcia: da NCAA para o Mundial de clubes

Companheiros de time nos EUA durante quatro temporadas, Felipe Brito e Gabi Garcia duelaram em Betim em Funvic/Natal x Civitanova
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Até o ano passado, o central brasileiro Felipe Brito e o oposto portorriquenho Gabi Garcia dividiam os sonhos de estudantes. Ambos eram alunos da Brigham Young University, ou BYU, onde chegaram no mesmo ano (2017) e se formaram juntos (2021). Por lá, eles defendiam o time do vôlei, os Cougars. Na noite desta quinta-feira, em Betim (MG), a dupla se reencontrou para um momento especial da curta carreira: um duelo pelo Campeonato Mundial, a maior competição profissional de clubes da modalidade.

O Funvic/Natal, de Felipe, perdeu por 3 a 0 para o Civitanova, de Gabi. Após o jogo, o resultado era o que menos importava. Os dois puderam relembrar grandes momentos vividos durante os últimos quatro anos na universidade e nas quadras americanas.

– Entramos no mesmo ano, nos formamos juntos. Esse reencontro aqui é uma daquelas coincidências da vida. Gabi é um daqueles amigos que a gente leva para sempre – disse Felipe ao Web Vôlei.

Natural de Maringá, no Paraná, Felipe Brito sempre planejou a carreira no vôlei atrelada aos estudos. Decidiu se preparar a aventura nos Estados Unidos, onde cursou Relações Internacionais. Durante o período acadêmico, disputou quatro temporadas da NCAA. Na última delas, no ano passado, chegou à final do concorrido torneio de vôlei, terminando com a segunda colocação.

– Eu sempre tive um sonho de trilhar esse caminho da educação e do esporte do alto nível. No Brasil isso é difícil e me preparei desde o ensino médio para ir para os Estados Unidos. Fico feliz por ter tido a oportunidade de fazer isso. Hoje posso estar aqui jogando a Superliga e recomento para todo mundo – disse o central, de 2,06m e 23 anos.

Na derrota para o Civitanova, Felipe marcou sete pontos, enquanto o amigo, também titular, anotou cinco até a metade do segundo set, quando foi substituído por Zaytsev. O resultado negativo não tirou a sensação do dever cumprido para Felipe Brito.

– Entramos muito bem, sabíamos do potencial da equipe adversária, uma das maiores do mundo. A nossa equipe é jovem, entrou com coragem e acho que realmente que a gente pôde causar um incômodo no Civitanova. Fizemos uma partida digna. Com certeza o objetivo foi também se divertir, jogamos contra várias estrelas, eu particularmente contra amigos que jogaram comigo na universidade – disse o meio de rede.

O time de Natal conta ainda com o americano Patrick Gasman. O central é contemporâneo de Felipe Brito e Gabi Garcia, tendo atuando pela Universidade do Havaí entre 2017 e 2021. E foi exatamente a equipe de Gasman que foi a última campeão, vencendo BYU por 3 a 0. Naquela decisão, Gasman fez sete pontos, um a mais do que Felipe. Gabi terminou com 13.

Por Daniel Bortoletto, em Betim

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