O último jogo do Sada Cruzeiro, em casa, pela Superliga masculina de vôlei 24/25, aconteceu no dia 12/3. Depois disso, a equipe do técnico Filipe Ferraz jogou duas vezes em Goiânia, disputou o Campeonato Sul-Americano em Uberlândia (MG), onde sagrou-se campeã pela 11ª vez e, neste sábado (22/3), embarcará para Campo Grande (MS), onde jogará contra o Suzano (SP), no domingo (23/3), às 19h, pela penúltima rodada do returno.
Parte da campanha de todos os 11 títulos continentais – sete como jogador e quatro no comando do time -, Filipe fez uma análise sobre o longo período fora de casa.
– Querendo, ou não, é um momento bem estressante ficar 13, 14 dias direto fora. Tem que ter um controle emocional gigantesco. Mas acredito que cumprimos bem esse período: a vitória contra o Neurologia, pela Superliga antes do Sul-Americano, o próprio Campeonato Sul-Americano e, por último, vencemos o Goiás. É estressante, mas a gente tenta de alguma maneira trazer um clima mais ameno, agradável, para todos, seja na parte lúdica durante os treinamentos, e não uma situação de confinamento. Estão todos acostumados, mas é desgastante, ainda mais sabendo que o Sada é a única equipe que joga praticamente todos os seis torneios possíveis, enquanto os outros times disputam três. Então o desgaste é ainda maior – disse Filipe.
O Sada conquistou o seu 11º título Sul-Americano e Filipe esteve presente em todas as conquistas, sendo sete como jogador e quatro já no comando do time.
– Um dos nossos principais objetivos era chegar à final, até porque a gente queria a vaga para o Mundial. A semifinal, contra o Sesi, desgastou bastante a nossa equipe. Foi um jogo que começou muito tarde, às 21 horas, e acabou depois de meia-noite. Foram menos de 12 horas de recuperação para que os atletas estivessem prontos para uma grande final. Sabíamos que a semifinal, contra o Sesi, seria muito desgastante fisicamente e psicologicamente, de jogar com a responsabilidade de ter que vencer para ter a possibilidade de jogar o Mundial. Então o desgaste mental e físico naquele jogo foi absurdo. Na final, sem tirar o mérito do Praia, que fez uma belíssima partida, a gente conseguiu, em um momento bem adverso, chegar à vitória. Por mais que a gente tenha conseguido o objetivo, sempre queremos mais. A gente precisava concluir da maneira mais atraente o Sul-Americano. A luta e a dedicação dos atletas foram brilhantes.
O último jogo da fase de classificação na Superliga do Sada será em casa, na próxima quinta-feira, dia 27, quando receberá a Apan/Roll-On (SC), em Contagem (MG). A equipe mineira segue na liderança na classificação geral, posição que pretende se manter para a definição dos playoffs.
– Playoff é sempre desafiador. Mesmo na minha época de atleta, agora como treinador, “a obrigação” de o Sada ser o primeiro. Sempre foi um momento difícil. É um outro campeonato e a falha tem de ser mínima para que a gente não se surpreenda com um resultado negativo. Vamos encarar da melhor forma possível e sabendo todo o trabalho que a gente fez durante o ano para se concretizar agora – concluiu Filipe.