A França tentará ser apenas o terceiro país a conquistar um bicampeonato de forma consecutiva no voleibol masculino nos Jogos Olímpicos. Nesta quarta-feira (7/8), passaporte carimbado para a final depois da vitória sobre a Itália por 3 sets a 0, parciais de 25-20, 25-21 e 25-21, na eletrizante Arena Paris Sul.
Para repetir a União Soviética (1964 e 1968) e os Estados Unidos (1984 e 1988), a França precisará vencer a Polônia na decisão, no sábado (10/8), a partir das 8h.
E já imagino como vai estar o ginásio na tentativa do bicampeonato dos donos da casa. Caso seja minimamente parecido com o ambiente de hoje, a tarefa polonesa será das mais complicadas.
A torcida literalmente fez a Arena Paris Sul balançar em diversos momentos. Uma energia que os jogadores faziam questão de amplificar da quadra. Em diversos momentos, eles regeram os torcedores, pediram palmas e jogaram com uma contagiante vibração. No meio do terceiro, com a Marselhesa sendo entoada pela torcida, o time viveu seu melhor momento na partida. Foi a tal da sinergia.
A França jogou quase todo o tempo com o placar a favor. Algo que reflete demais na confiança. A Itália, por sua vez, não conseguiu repetir a virada das quartas de final contra os japoneses. Desta vez não havia milagre possível.
Os ponteiros Clevenot e Ngapeth lideram os Bleus na pontuação: 17 e 14 acertos, respectivamente. Eles supriram assim a lacuna deixada por Patry. O oposto terminou a semi com apenas oito pontos. Ah, e se defesa contasse ponto, Grebennikov estaria sempre entre os melhores.
Na Azzurra, os atacantes sofreram para vencer o sistema defensivo dos franceses. Sem conseguir aproveitar contra-ataques, viram o sonho do primeiro ouro olímpico de todos os tempos virar pó mais uma vez. Os sete pontos feitos por Michieletto ajudam a entender que o dia era 100% da França.
Por Daniel Bortoletto, em Paris