A regra do atleta suplente, testada pela primeira vez na Olimpíada pelo voleibol em Paris depois de muita pressão das equipes, proporcionou uma cena constrangedora na entrega das medalhas para França, Polônia e Estados Unidos, na Arena Paris Sul, neste sábado (10/8).
O ponta Carle, o 13º jogador da França, participou da cerimônia com os demais companheiros, com um ginásio em êxtase pela segunda conquista consecutiva do país na modalidade. Mas ficou sem medalha.
Pelas regras do torneio, o suplente fica apto para ganhar medalha apenas se for inscrito em algum jogo, substituindo um companheiro por lesão. Não foi o caso de Carle, nunca utilizado pelo treinador Andrea Giani na campanha.
Ao perceber a cena, o ponteiro Clevenot tirou a medalha do pescoço e presenteou momentaneamente Carle, que foi ovacionado pela torcida.
POLÔNIA GANHA 13 MEDALHAS
Diferentemente da França, a Polônia teve 13 jogadores premiados com a medalha de prata. O meio de rede Bieniek, que se lesionou e perdeu a semi e a final, foi trocado pelo oposto Boladz. E ambos receberam a premiação, como previa a regra. O mesmo pode acontecer com o Brasil no feminino em caso de bronze, por ter usado a suplente Natinha no lugar da lesionada Lorenne.
No caso dos Estados Unidos, terceiro colocado no masculino, 12 medalhas entregues hoje. O oposto Ensing não chegou a ser inscrito em nenhum jogo por John Speraw e sequer esteve no pódio com os demais companheiros.
Por Daniel Bortoletto, em Paris
