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Gajic, dirigente sérvio, cutuca rivais e admite erro de planejamento

Zoran Gajic analisou a participação da Sérvia nos Jogos de Paris. Apontou alguns erros, mas causou polêmica ao comentar sucesso de rivais
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A Sérvia deixou Paris-2024 sem medalhas no voleibol. O masculino foi eliminado ainda na primeira fase, enquanto o feminino, com altas expectativas por ser o atual bicampeão do mundo, caiu nas quartas de final. Para Zoran Gajic, atual ministro do esporte do país, ex-treinador da seleção e ainda ex-presidente da federação de vôlei, diversos motivos explicam os resultados. E um deles, polêmico.

Sobre o time feminino, ele admitiu que a estratégia de poupar as principais jogadoras durante a Liga das Nações (VNL) teve um custo muito alto. Giovanni Guidetti praticamente escondeu o time e realizou alguns amistosos com elas antes dos Jogos de Paris.

– Esperava uma medalha da seleção feminina. A equipe deu uma folga a algumas jogadoras na VNL, mas isso também teve o efeito contrário. As meninas perderam o ritmo e o time não jogou cem por cento. O conselho técnico da Federação Sérvia de Voleibol examinará os motivos – disse Gajic ao site Meridian Sport, que lamentou ainda a queda de rendimento da equipe na partida contra a Itália, nas quartas de final:

– Devo mencionar também que nossas meninas jogaram muito bem no primeiro set das quartas de final contra as futuras campeãs olímpicas. Perdemos por 24 a 26 e depois disso meio que caímos.

No masculino, ele viu o resultado como normal por conta da transição de gerações.

– No voleibol masculino, estamos em processo de mudança de gerações. Marko Podrascanin tem 36 anos, Atanasijevic tem 32. Após os Jogos Olímpicos, eles decidiram encerrar a carreira na seleção. Considero um sucesso o simples fato de termos nos classificado para as Olimpíadas no vôlei masculino. É claro que havia uma chance de chegar entre os oito primeiros, mas não aproveitamos. No entanto, também estamos satisfeitos com este resultado.

Por fim, o dirigente polemizou ao misturar atletas naturalizados e outros com ascendência de outros países ao explicar o sucesso de outros seleções na atualidade.

– Também gostaria de focar em mais um ponto. As seleções masculina e feminina da Sérvia jogam apenas com jogadores sérvios. Vamos comparar um pouco com nossos rivais. A líder da seleção italiana é Paola Egonu, uma italiana de raízes nigerianas. Há Myriam Sylla, Omoruyi, Antropova, da Rússia. A líder da Turquia é a Melissa Vargas, uma cubana que marca 50% dos pontos da seleção em todas as partidas. Veja o vôlei masculino. A Polônia tem o Wilfredo Leon, de Cuba. Os brasileiros trouxeram Leal. A Sérvia concentra-se apenas nas suas próprias forças. Portanto, cada conquista da nossa equipe de voleibol representa um duplo sucesso.

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