Foram três temporadas no Osasco/São Cristóvão Saúde, a última delas finalizada com a Tríplice Coroa: títulos da Superliga, Copa Brasil e Campeonato Paulista. Giovana era uma das mais alegres na conquista do principal torneio nacional, na quadra do Ibirapuera ontem. Com óculos escuros e um sorriso de orelha a orelha, a levantadora não escondia a felicidade pelo resultado e pela performance.
A vitória sobre o Sesi Bauru por 3 a 1 marcou o encerramento da passagem dela pelo projeto paulista. Giovana voltará a ser treinada por Bernardinho no Sesc RJ Flamengo na temporada 24/25. E ela chegará com um status bem diferente da última experiência no time rubro-negro, em 2022. Aos 30 anos, Giovana se firmou na primeira prateleira do vôlei nacional na posição, a ponto de aguardar uma convocação para a Seleção Brasileira neste início de ciclo olímpico para Los Angeles-2028.
“Sim, creio que posso ser convocada desta vez. Sempre foi um sonho”, admite Giovana.
Até viver o atual momento, ela sempre precisou lidar com a desconfiança. Basta procurar pela altura dela nos sites de busca e encontrar variações entre 1,72m e 1,75m. Ela garante ter mesmo 1,72m, sem querer aumentar um pouquinho a estatura. Um centímetro a mais ou um a menos, Giovana ainda é considerada baixa, principalmente quando se fala no nível internacional. Mas ela foi superando as barreiras em quadra, ignorando piadas e comentários maldosos fora delas, além de lidar com a vontade de desistir da carreira.
“É verdade que eu quis largar o esporte e minha família impediu. Hoje tenho certeza de que todo o esforço que eu fiz valeu a pena”.
Além da precisão no levantamento, Giovana vem se consolidando como boa defensora. Na final da Superliga, foram 19 defesas da levantadora, ficando atrás apenas da especialista Camila Brait.