O levantador Demian González, do Vôlei Renata, é torcedor fanático do Boca Juniors. Cresceu acompanhando os dribles, gols e conquistas de Diego Maradona. Mesmo com o craque atuando por outros clubes, fazia parte da rotina familiar ver o camisa 10 jogar.
– Quando crianças, todos nós sonhávamos ser Maradona. Brincávamos de ser ele. Meu pai, super fanático, me acordava domingo de manhã para assistir os jogos dele no Napoli. Por isto também estou triste – disse Demian, citando a passagem dele pela Itália a partir da década de 1980.
Uma das maiores recordações do levantador de Maradona em campo é uma lembrança dolorida para os brasileiros:
– Me lembro muito da Copa do Mundo de 1990. Minha maior lembrança é um grito no gol de Caniggia contra o Brasil depois de passe do Maradona. Sem sacanagem. Nunca na minha vida escutei um grito de gol tão forte desse jeito. Não lembro de qual familiar meu veio. Eu tinha sete anos. Até hoje me lembro sempre disso.
Ontem, o Vôlei Renata entrou em quadra e venceu o Azulim/Gabarito/Uberlândia por 3 a 0. E foi difícil para Demian González, já que a notícia da morte de Maradona foi confirmada horas antes:
– Nunca pensei que ia ficar assim tão mal. Era meu ídolo de crianças. Fez feliz todo um país em um momento ruim da história da Argentina. Fui ao último jogo dele na Bombonera. Estava com toda minha família. Foi espetacular, um show. Uma hora começamos a cantar se ele podia jogar com a camisa do Boca. Começou a explodir o estádio. Ele estava com a camisa da Argentina. Quando tirou a camisa, por baixo estava com a camisa de Riquelme. Muita gente começou a chorar. Foi incrível esse momento. Depois teve o discurso, quando falou que cometeu muito erros: ‘La pelota no se mancha’. Aí o estádio veio abaixo – relembra.
Treinadores argentinos trabalhando no Brasil, Marcelo Mendez, Horácio Dileo e Carlos Weber também lamentaram a morte de Diego Maradona.