Giovanni Guidetti não costuma ser o treinador de meias palavras. E comprovou a tese mais uma vez, neste domingo (4/8), depois da derrota da Sérvia para a China, de virada, por 3 sets 1, no encerramento da fase de grupos do torneio feminino de vôlei dos Jogos Olímpicos de Paris. O resultado deixou as bicampeãs europeias apenas na sétima posição para o emparceiramento para as quartas de final.
Em uma rápida entrevista ao Web Vôlei, ele criticou a atuação coletiva do time ao enaltecer Tijana Boskovic. A oposta fez 39 pontos, mas viu o restante do time (nove jogadoras) totalizando na soma 36.
– Ela é a melhor do mundo em qualquer posição. Nenhuma dúvida sobre isso. Mas o vôlei mudou atualmente e ela não pode ganhar sozinha. Agora vários times possuem grandes atacantes e nós precisamos ajudá-la bem mais – disse Guidetti.
Segundo ele, a atuação de hoje precisar fazer o time refletir sobre a “Boskodepêndencia”:
– Absolutamente é a lição que deve ser aprendida do jogo de hoje.
SOBRECARGA E TRATAMENTO
Boskovic atacou 69 bolas em quatro sets neste domingo. Colocou 36 delas no chão, um aproveitamento de 52%. Compare com as demais cinco jogadoras de extremidades do elenco, que somaram 56 bolas atacadas:
– Lozo: 20 ataques e 25% de aproveitamento
– Uzelac: 17 ataques e 23%
– Busa: 11 ataques e 9%
– Lazovic: 6 ataques e 33%
– Milenkovic: 2 ataques e 50%
Encerrado o jogo, com todas as jogadoras já tendo deixando a quadra, Boskovic fazia exercícios com um integrante da comissão técnica da Sérvia, deitada, se alongando. Permaneceu quase 10 minutos em tratamento.
Na chegada à zona mista, a área de entrevistas na Arena Paris Sul, Boskovic pediu desculpas e se negou a conversar com os poucos jornalistas que ainda a aguardavam.
Daniel Bortoletto, em Paris