Quase foi control C + control V de diversos trechos de um texto do ano passado. E aquele já era um control C + control V de outro texto mais antigo. Mas admito não me importar em ser repetitivo quando o assunto é expor a falta de limites dos haters e, talvez, fazer algum deles refletir.
Essa praga do mundo conectado, virtual ou moderno, como queiram, agora ataca meninas de 14, 15, 16 anos, sem nenhum resquício de humanidade. Decreta, sem qualquer fundamento, o fim de carreiras de jovens adolescentes que dão os primeiros passos no vôlei. E, pior, cometem crimes. Ódio, racismo, homofobia… E tudo isso pois a Seleção Brasileira perdeu um jogo de quartas de final em um Campeonato Mundial sub-17.
Fico imaginando se os haters, quando tinham seus 14, 15, 16 anos, eram perfeitos na escola, a “profissão” da maioria nesta idade. Deveriam tirar 10 em todas as disciplinas, em todos os bimestres. Nunca erravam. Nunca perdiam um jogo na Educação Física. Por isso se acham no direito de atacar todas agora.
Nos textos anteriores, os alvos eram bem mais adultos: Gabi, Bruninho, Ana Patrícia, Kisy, Julia Bergmann… Se já é complicado para quem tem mais bagagem, faz algum tipo de trabalho especial, imagine para adolescentes?
Anteriormente, finalizei um dos textos assim: “Cada vez mais, vemos atletas querendo distância das redes sociais, fechando comentários ou trancando suas contas. A saúde mental tem um preço e ele é caríssimo para quem lida com hordas de haters. Um dia, espero e torço, a maioria esmagadora conseguirá fazer críticas com argumentos após uma derrota, e não com baixo nível, xingamentos e ofensas”.
Mas acho que fui otimista demais em acreditar na “evolução” dos haters. Esses frustrados estão cada vez mais baixos e cruéis, sem qualquer senso de civilidade. As leis no mundo virtual precisam ser mais rígidas, com punições reais.
Por Daniel Bortoletto