Foi difícil, mas o Curitiba conseguiu colocar um time em quadra na temporada 2021/2022 da Superliga feminina de vôlei. Depois de sofrer com falta de atletas, mudança no comando e superar desconfianças, o time paranaense tenta, na reta final do turno, encorpar para sair das últimas colocações. Helga Sasso fez um balanço das primeiras rodadas, falou sobre destaques individuais e os planos da equipe.
Balanço sobre o desempenho da equipe e a performance das atletas estrangeiras
Esses novos reforços que chegaram depois que eu cheguei – foram quatro – são jovens e me ajudaram bastante pois quando cheguei havia sete atletas apenas. Era complicado até de dar treino. Agora, nesse momento, eu tenho posições e reposições para quando uma não estiver tão bem assim. Isso me dá um alívio muito grande.
Quanto as estrangeiras, eu gosto muito de trabalhar com elas. São super profissionais, super envolvidas em treinar e melhorar. A gente teve um início uma lesão da Nelmaira Valdez (ponteira venezuelana), nossa ponteira, mas que, agora, já está inteiramente recuperada. Já no jogo contra o Brasília, a Cali Thompson (levantadora, americana) teve um choque e está com bastante incômodo no pulso e para ela levantar complica um pouco. Ela não deixa de vir treinar e se esforça ao máximo. E a Melissa (central colombiana) está sentindo o joelho. Estamos fazendo um trabalho muito forte de preparação física já que não tivemos pré-temporada e ela está sentindo cansaço que é normal para o que estamos fazendo.
Izinha e Gabi Weber têm recebido muitos elogios. Elas podem evoluir ainda mais nessa Superliga?
Eu acredito que sim! Elas estão jogando com grandes jogadoras! A Izinha, por exemplo, é um talento-nato. É impressionante a tranquilidade que ela joga. O jogo está uma pauleira e ela está naquele nível de “tudo bem!”. Já a Weber está tendo a oportunidade e está aproveitando. Só tende a crescer!
Como surgiu o convite para o Curitiba? Como você avalia a evolução da equipe?
Recebi o convite de uma colega minha da época de Seleção. Ela me perguntou se eu tinha nível 3 e, também se eu tinha interesse de comandar o Curitiba. Óbvio que eu tenho interesse, respondi! Trabalhei muito tempo com categorias de base e adultos, mas eu sempre tive sonho de trabalhar na Superliga. E desde que cheguei, eu acho que o grupo tá crescendo e vai crescer ainda mais. Estamos fechando nosso grupo com comissão técnica, com os atletas. O grupo tá muito fechado. Hoje, por exemplo, elas vieram treinar cheias de dores, mas o treino continua intenso, puxado. Elas são muito profissionais e, por isso, tenho a certeza que nossos resultados vão mostrar isso.
Para vocês, quem são os adversários diretos do Curitiba na tabela?
Eu acredito que sejam as equipes que tenham menos investimento. Na minha concepção, o Maringá, Valinhos… estaremos brigando com Brasília, Fluminense, Pinheiros e até o Flamengo, de repente. Eles têm investimento maior do que o nosso e começaram antes. Estamos literalmente para não cair e para chegar no playoff, mas cada set e ponto será lutado.
Garantir um lugar nos playoff é possível?
Eu gostaria bastante! Eu acredito nesse grupo. Acho que ainda falta uma jogadora, mas com essas jogadoras que eu tenho já dá para fazer bastante!