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Homenagem para os “olímpicos” Ricardo e Emanuel

Em Vila Velha, Ricardo e Emanuel, ícones do vôlei de praia nacional, foram homenageados pela CBV pelo título olímpico de 2004
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Desde a primeira participação em Jogos Olímpicos, em Atlanta 1996, o vôlei de praia sempre rendeu medalhas ao Brasil. E, para celebrar quinze anos do ouro conquistado em Atenas no torneio masculino, a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) homenageou, na noite deste sábado, os atletas e comissão técnica presentes no feito. A entrega de placas comemorativas a Ricardo, Emanuel e aos técnicos Gilmário Cajá e Rossini foi feita momentos antes da decisão feminina do Open de Vila Velha (ES) do Circuito Brasileiro 2019/2020, na arena montada na Praia da Costa.

Os atletas e os técnicos foram saudados pelo público que lotou as arquibancadas. Naquela edição dos Jogos Olímpicos Ricardo e Emanuel conquistaram o primeiro título masculino para o Brasil após vencerem os espanhóis Javier Bosma e Pablo Herrera na decisão por 2 sets a 0 (21/16 e 21/15), no dia 25 de agosto de 2004.

Emanuel, que atualmente é Secretário da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), disputou cinco edições dos Jogos Olímpicos, a primeira medalha foi justamente o ouro ao lado de Ricardo na capital grega. O ex-jogador, que em novembro de 2013 entrou para a história como o maior vencedor de torneios do voleibol de praia, ultrapassando a marca de 150 títulos, ressaltou como a medalha marcou a própria carreira e como relembrar esta conquista valoriza o esporte.

– Olhar o resultado pode parecer que foi apenas mais uma medalha em meio a outras tantas do esporte brasileiro. Mas acho que eu e o Ricardo, com aquela conquista, mudamos muitos paradigmas da modalidade. Trouxemos a estatística para dentro do vôlei de praia, o que hoje todos usam, uma comissão multidisciplinar, criamos um modelo de jogo com um jogador alto na frente e outro rápido no fundo. Conseguimos implementar mudanças que melhoraram o esporte, um sentimento de que fizemos algo pela nossa modalidade. Sempre estivemos disponíveis para fazer o vôlei de praia o melhor esporte possível. Receber essa homenagem, quinze anos depois, eu consigo ver que as gerações seguintes seguiram nossos passos, me sinto orgulhoso – comentou Emanuel.

Para Ricardo, a medalha foi um grande passo para o crescimento da modalidade, especialmente no nível nacional. O jogador ainda destacou a influência nos jovens atletas que, até hoje, almejam conquistar o mesmo.

– Uma conquista como esta faz com que o esporte ganhe uma exposição muito grande. É uma modalidade que sempre teve grandes ídolos, atletas que brilharam na quadra migraram para a praia e trouxeram ainda mais popularidade. O esporte cresceu. E de lá para cá, nestes 15 anos, muita coisa evoluiu, os jovens talentos surgem almejando o mesmo sucesso dos atletas do passado. A cada renovação o Brasil continua entre as maiores forças do vôlei de praia. Receber essa homenagem é um combustível para mim, é um prazer entrar em quadra e passar para os mais novos minha experiência – disse Ricardo.

Técnico de Ricardo e Emanuel em duas edições do Jogos Olímpicos, Gilmário Cajá, ressaltou como a conquista em Atenas impactou a modalidade no Brasil.

– A conquista desta medalha foi um marco histórico para nós. Ela é fruto de muito trabalho, esforço e busca de um sonho. Acho que ela abriu portas para novas gerações do voleibol de praia no Brasil. Ser homenageado por isso é muito gratificante e mostra a importância do feito – falou Cajá.

Outro integrante daquela comissão técnica campeã, o professor Rossini Freire, também estava bastante satisfeito com o reconhecimento e ainda ressaltou a importância do exemplo de Ricardo e Emanuel para as gerações seguintes.

– A medalha foi resultado do trabalho de dois atletas muito esforçados e disciplinados, foi um divisor de águas. Eles foram exemplos de como trabalhar forte dá resultado. É um orgulho estar aqui hoje pois vimos essa história começar e crescer, e ser reconhecido por isso pela entidade máxima do voleibol no país nos engrandece – contou Rossini.

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