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Honorato: gamer, cozinheiro e com muitos planos no vôlei

O jovem ponta Honorato está em Uberlândia, com a família, durante a quarentena. Ele falou sobre a nova rotina e os planos para a carreira
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Em quarentena desde o encerramento precoce da Superliga 2019/20, ainda em abril, o ponteiro Honorato viu a sua rotina mudar e conta como tem sido os dias ao lado da família, em Uberlândia (MG). O jovem jogador do Fiat/Minas segue rotina de treinos e tem buscado aprender novas atividades durante esse período.

Um dos destaques da última edição da Superliga, com 68% de “positividade” na recepção, segundo os dados da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), Honorato fala sobre a sua preparação para o fundamento e que quer fazer história com a camisa do Minas e da seleção. Confira a entrevista publicada pelo clube de BH:

Alguns meses já se passaram desde o início da quarentena. Como tem sido a sua rotina durante esse período?
Estou passando a quarentena em Uberlândia, com a minha família, e estou mantendo uma rotina de treinamentos físicos. Todo dia faço alguma coisa para não ficar parado. Tenho feito essa parte física seguindo as orientações do Davidson, nosso preparador físico. Temos uma ficha que é bem tranquila para fazer em casa utilizando alguns pesos.

Tem feito outras atividades nesse período?
Sim, no começo da quarentena eu já tinha noção que não poderia “perder tempo”, então estou aproveitando para aprender coisas novas. Tenho tirado um tempo para ler alguns livros e jogar online ‘cs:go’ (Counter Strike), também fiz um curso de educação financeira e estou aprendendo a cozinhar (risos). Sempre quis aprender a cozinhar e acho que a quarentena foi a melhor época para começar.

Honorato durante a última Superlig (Juliana Kageyama/Divulgação)

O seu pai (Manoel Honorato) é ex-atleta e treinador de vôlei. O seu interesse pelo vôlei surgiu a partir dessa referência em casa? Como foi o início da carreira?
Com certeza. Desde novinho eu viajava e ia para os jogos com o meu pai, sempre depois dos jogos eu entrava em quadra e ficava brincando com a bola e com os atletas, tenho muitas lembranças boas. Eu gosto de falar que comecei a minha carreira dentro da barriga da minha mãe mesmo (risos). Comecei a jogar com nove anos no UTC, com o Deivid, que na época era assistente do meu pai. Mas, antes disso, eu brincava de vôlei na garagem de casa, eu contra o meu pai e o meu irmão.

Na última edição da Superliga, você terminou entre os destaques de eficiência na recepção, que é importante para a função de ponteiro. Como é a sua preparação para esse fundamento?
Minha preparação é simples: treinar e ser eficiente no treinamento. Sempre gosto de prestar bastante atenção no que o Nery (Tambeiro, técnico) ensina, para absorver o mais rápido possível e poder aplicar. Sempre tento fazer o menor número de repetições possíveis para não treinar o erro, então foco sempre em acertar um passe de cada vez no treinamento.

Você é um jogador que vibra muito nos jogos. Como e o que mais o motiva em quadra? E quais as principais dificuldades?
O que mais me motiva é me doar 100% para a equipe e para os meus companheiros, ter certeza que fiz o meu melhor independentemente da situação. Tento passar isso para eles por meio das minhas vibrações, para contagiar o time e elevar o nível do jogo. Acho que a principal dificuldade dentro do jogo é quando o time adversário está muito bem na partida e o nosso time não está tão bem, é muito difícil mudar isso no meio do jogo, mas, ao mesmo tempo, é um grande desafio para nós termos resiliência e “virar essa chave”. É uma característica que os grandes jogadores têm e creio que estou adquirindo isso ao longo do tempo.

A impulsão é uma das suas principais características. Desde as categorias de base já se destacava? É algo que aprimorou ao longo dos anos?
Fui aprimorando ao longo do tempo, quando era mais novo não saltava muito, mas, com o passar dos anos, eu comecei a dar bastante ênfase na parte física, sempre respeitando o meu limite para não machucar.

Você já representou a Seleção Brasileira em diversas de competições e foi medalhista nos Jogos Pan-americanos de Lima. Como foram essas experiências?
Foram experiências muito legais e de grande crescimento pessoal e profissional. Desde novinho eu tinha esse sonho de estar lá, mas, agora, quero ainda mais buscar o meu espaço e me firmar para, quem sabe, jogar uma olimpíada e ser campeão, é um sonho.

Você é um atleta jovem, com uma carreira promissora. Quais são os seus planos e sonhos profissionais?
Tenho muitos sonhos profissionais, como jogar na Itália e na Polônia, jogar uma Olimpíada e ser campeão, ganhar algumas premiações individuais em campeonatos mundiais e fazer história com a camisa do Minas e da Seleção Brasileira.

Honorato, como acha que essa pandemia pode influenciar os rumos do esporte mundial?
Vamos ter que nos adaptar, não sei como serão os jogos, se terão torcida ou não, mas o mundo inteiro foi afetado, então temos que ter paciência e acatar as medidas impostas pela Organização Mundial da Saúde. Só o tempo irá dizer.

Tags: Fiat/MinasHonorato

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