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Investigação por fraude tributária mira CBV e dirigentes

Operação Desmico acontece no Rio e em Saquarema, com 14 mandados de busca e apreensão, incluindo sede da CBV e endereços de dirigentes
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O vôlei brasileiro volta a ser alvo de investigações do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e da Polícia Civil. Acontece nesta quinta-feira a Operação Desmico, tendo como alvos a Confederação Brasileira de Voleibol, ex-dirigentes da entidade, como Ary Graça Filho, atual presidente da Federação Internacional, e políticos da cidade de Saquarema, no litoral fluminense, onde está localizado o Centro de Treinamentos da CBV.

De acordo com a força-tarefa, em dois escritórios em Saquarema funcionavam mais de mil empresas-fantasma. Elas usufruíam de benefícios fiscais ilegais concedidos pelo então prefeito Antonio Peres Alves, em leis complementares. Entre as empresas investigadas, algumas recebiam valores da CBV para a prestação de serviços que nunca foram realizados, segundo as investigações.

Estão sendo cumpridos 14 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e em Saquarema, na sede da CBV, no Centro de Treinamento da entidade, além de endereços dos investigados Ary Graça, Antonio Peres Alves, ex-prefeito de Saquarema, Manoela Peres, atual prefeita de Saquarema, Fabio Azevedo, ex-superintendente da CBV e atual diretor-geral da FIVB.

De acordo com informações da Rede Globo, o ex-prefeito  da cidade litorânea editou leis que concediam benefícios fiscais ilegais, atraindo empresas-fantasma para Saquarema e causando evasão fiscal em outras cidades, pois as firmas deixaram de recolher tributos onde efetivamente eles eram devidos.

Em outro ponto da denúncia, Ary Graça Filho é acusado de manejava os recursos de patrocínio do Banco do Brasil “com contratos com empresas recém-criadas, sem estrutura de pessoal e estabelecidas em sedes fictícias”.

O nome da operação (Desmico) tem ligação com uma jogada do vôlei, em que o atacante de ponta corre por trás do meio de rede para atacar a bola que, em tese, seria do central.

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