O oposto Darlan Souza, 17 anos, irmão do também oposto Alan, 25, eleito MVP da Copa do Mundo do Japão, na última terça-feira, tem sido uma das armas de Rubinho, técnico do Sesi, no Campeonato Paulista. Enquanto o irmão mais velho não retorna ao clube, o caçula vai aproveitando a oportunidade para mostrar serviço.
Contra o São José, pelas quartas de final do Estadual, ele foi titular no lugar de Alan Patrick – que sentiu o joelho e foi poupado – e acabou sendo o maior pontuador da equipe, com 19 pontos. Contra o Taubaté, no encerramento da fase classificatória, ele entrou nas inversões e não decepcionou.
O jovem começou a jogar vôlei no Rio de Janeiro, a cidade natal. Despontou nas categorias de base do Fluminense.
Darlan, atualmente com 1,92m, segue os passos do irmão. Assim como Alan, foi destaque das categorias de base da Seleção Brasileira e nos campeonatos estaduais e nacionais sub-19. A semelhança física entre eles é grande. Mas, o que mais impressiona é o gesto de ataque, idêntico.
Para Alan, que voltou hoje do Japão após o título da Copa do Mundo, a possibilidade de jogar pela primeira vez ao lado de Darlan promete ser especial.
– Acho que vai ser muito emocionante, não só para ele, mas para mim e para toda a minha família. Não dá para os dois estarem ao mesmo tempo em quadra (jogam na mesma posição), mas será especial para gente, ainda mais agora que estou voltando de competição pela Seleção Brasileira, estou indo bem, e ele também está indo muito bem, tendo a oportunidade no adulto, todo mundo elogiando. Acho que será bastante importante esse jogos com nós dois juntos, para ele se espelhar mais ainda em mim, para eu tentar passar o máximo de experiência para ele – disse Alan, ao Web Vôlei, após o desembarque em São Paulo.
Após garantir vaga na semifinal do Paulistão, na última sexta-feira, com a vitória sobre o São José – o primeiro jogo será contra o Taubaté, no próximo sábado, às 21h30, no Abaeté -, Darlan também bateu um papo rápido com o Web Vôlei. Confira abaixo:
Depois de se destacar nos mundiais de base, em 2019, o que você espera desta temporada no Sesi?
Planejo que ela seja boa, que me traga títulos, porque eu acho que estou numa boa fase. Vou dar meu máximo para que isso aconteça
A oportunidade de atuar na equipe adulta no Paulista veio antes do que você esperava?
Para mim, foi uma surpresa, eu sou o quarto o oposto, mas como três estão fora eu tive essa oportunidade. Espero que eu tenha aproveitado bem.
Seu irmão tem vivido um dos melhores momentos da carreira dele. Você acompanhou as atuações dele na Copa do Mundo?
A Copa do Mundo não acompanhei muito. Mas sempre converso com ele, ele me dá conselhos, no que eu tenho de melhorar, o que eu tenho de prestar atenção nos treinos…
Como é a relação de vocês no dia a dia?
É complicado, porque a gente brinca e briga ao mesmo tempo (risos)
Como você começou no vôlei?
Foi bem parecido com o meu irmão. Eu me espelhava nele desde pequeno, eu já ia em jogos deles, assistia e eu me apaixonei pelo voleibol.
Você sempre jogou na posição de oposto? Foi por causa dele?
Comecei como oposto e sim, por causa dele. Me espelho muito no meu irmão. Quero ser alguém igual a ele um dia.
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