A Europa tem um novo dono no vôlei masculino. A Itália conquistou, neste domingo, o sétimo título do Campeonato Europeu. Na decisão, em Katowice, na Polônia, triunfo na decisão de virada sobre a Eslovênia por 3 sets a 2, parciais de 22-25, 25-20, 20-25, 25-20 e 15-11.
Prêmio merecido para uma nova geração que recoloca a Azzurra como protagonista, logo na primeira competição após a aposentadoria de Juantorena, o afastamento de Zaytsev por lesão, sem contar as ausência de Vettori, Colacci, Lanza, entre outros nomes bem conhecidos dos últimos ciclos.
Mérito para Ferdinando De Giorgi, que assumiu o comando técnico após os Jogos Olímpicos e já entrega um resultado imediato.
Em comparação ao time que surpreendeu a Polônia na semifinal de sábado, a Eslovênia teve uma mudança na base titular. Ropret entrou no lugar de Vincic no levantamento. No primeiro set, os eslovenos foram muito beneficiados pelos erros italianos. Foram dez pontos dados de graça, um sinônimo do nervosismo da jovem Azzurra. Nos fundamentos, o destaque da Eslovênia foi o saque, responsável por quatro pontos, incluindo o de fechamento da parcial, com o reserva Sket.
A Itália começou melhor o segundo set e abriu vantagem de quatro pontos, com o trio Pinali/Lavia/Michieletto com melhor aproveitamento no ataque. Mas a Eslovênia reagiu rapidamente, aumentando a pressão nos adversários, virando no 11-10. O jovem time italiano, porém, demonstrou maturidade para retomar as rédeas do confronto e dominar as ações, se beneficiando da pouca eficiência ofensiva de Cebulj e Stern.
O melhor da Eslovênia foi visto em grande parte do terceiro set. Saque eficiente, perfeição para rodar as bolas pelo meio de rede e paciência para trabalhar duas ou três vezes o ataque pelas pontas. O central Pajenk merece o destaque, com aproveitamento quase perfeito pelo meio (78%). A Itália esboçou uma reação na reta final, mas insuficiente para a virada após dois aces de Toncek Stern.
Na quarta parcial, Ferdinando De Giorgi trocou Pinali por Romano, após começar atrás no placar. O oposto canhoto entrou bem na virada de bola e ajudou a desafogar o fundamento (anotou sete pontos). Lavia, com ótimas passagens pelo saque e protagonismo no ataque, roubou a cena para fazer a Azzurra abriu cinco pontos. A Itália soube administrar quando os eslovenos encostaram para forçar a definição do título no tie-break.
No set decisivo, um ace de Stern para abrir os trabalhos. A Eslovênia poderia ter aberto 4 a 0, mas perdeu um contra-ataque. Romanò foi para saque e empatou. Ponto cá, ponto lá até Michieletto assumir de vez o status de dono de título. Três aces e dois ataques para se colocar como craque desta nova geração, muito bem liderada por Gianelli.
Itália: Gianelli (3), Pinali (12), Michieletto (17), Lavia (21), Galassi (6), Anzani (9) e Balaso (líbero). Entraram: Piccinelli, Romanò (11), Ricci (2). Técnico: Ferdinando De Giorgi
Eslovênia: Ropret (3), Toncek Stern (14), Cebulj (14), Urnaut (10), Pajenk (16), Kozamernik (8) e Kovacic (líbero). Entraram: Stalekar, Rok Mozic, Sket (1), Vincic, Klobucar. Técnico: Alberto Giuliani