O mundo do vôlei acordou de luto, nesta quinta-feira (13/4), após a morte da jovem Julia Ituma, em Istambul (TUR). Aos 18 anos, ele fazia parte do elenco do Novara, derrotado ontem nas semifinais da Champions League pelo Eczacibasi. E quem era a oposta talentosa?
Ituma ainda dava os primeiros passos na carreira profissional na temporada 2022/2023 com a camisa do Novara. Na bagagem nas categorias de base, títulos, prêmios individuais e muito expectativa de sucesso na sempre difícil transição do juvenil para o adulto.
Na curta trajetória no vôlei, ela já se mostrava especial. Campeã mundial sub-20 em 2021 e vice no sub-18 no mesmo ano pela Itália. Tais fatos ajudam a entender o potencial de quem já atuava numa categoria acima de sua idade. E com destaque. Em 2022, ela foi protagonista na conquista do Campeonato Europeu de base com a Azzurra, sendo eleita a MVP.
Forjada pelo Club Italia, um projeto de base bem-sucedido no país, ela chegou a Novara nesta temporada, para ser a reserva de Ebrar Karakurt. Tinha pouco tempo em quadra, é verdade, uma vez que a titular é o grande nome do time. A medalha de prata na Supercopa e a de bronze na Copa Itália foram as primeiras de Ituma no adulto.
Nascida em Milão, em 8 de outubro de 2004, Ituma era mais uma filha de imigrantes africanos em busca de uma vida melhor na Itália. Inevitavelmente, era comparada com Paola Egonu. Histórias familiares semelhantes, negras, atuavam na mesma posição, possuíam quase a mesma altura… Por ironia do destino, Egonu terá de entrar em quadra logo mais, na mesma Istambul, em busca de um lugar na final da Champions League.