Dentro das comemorações de 25 anos da Superliga de Vôlei, a CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) homenageou mais um personagem importante da história da competição: a líbero Arlene Xavier- que vai completar 49 anos na próxima semana -, um dos destaques do Sesi/Bauru e jogadora mais velha da atual edição do torneio.
Antes da partida entre o time paulista e o BRB/Brasília, na noite desta terça-feira, no Ginásio Panela de Pressão, em Bauru, pela 7ª rodada, a entidade presentou a ex-jogadora da Seleção Brasileira – que acumula passagens vitoriosas por clubes como Minas, Osasco, Flamengo, Pinheiros e Reggio Calabria (ITA) – com uma placa comemorativa. O Sesi/Bauru venceu por 3 a 0 (25/21, 25/16 e 25/15).
Quem fez as honras foi o superintendente de competições quadra da CBV, Renato D´Ávila, que levou Arlene às lágrimas antes do jogo.
– Foi uma satisfação e uma emoção imensa ter recebido essa homenagem que eu nem imaginava que ocorreria. Fico ainda mais feliz por ter sido em Bauru, perto da nossa torcida. Confesso que na hora a perna estremeceu – disse Arlene.
As jogadoras e companheiras de time são só elogios à veterana, que já jogou em todas as posições pelos times que passou: começou como meio-de-rede, no Minas, depois passou a atuar na ponta e como oposto, até chegar à atual função de líbero, já que sempre passou e defendeu muito bem.
– É uma honra jogar com a Arlene. Ela participou de uma fase importante da minha vida quando eu tinha 19 anos e poder viver esse momento com ela me deixa muito feliz. Mesmo com toda essa idade, a Arlene dá todo o gás no treino e é sempre a primeira a chegar e a última a sair, além de estar sempre feliz. Ela é um exemplo para todas nós. Contagia a gente todos os dias – disse a levantadora Fabíola, do Sesi/Bauru.
Mineira de Contagem (MG), Arlene chegou a cinco finais de Superliga e comemorou três títulos: foi campeã com Flamengo (2000/2001), BCN/Osasco (2002/2003) e Finasa/Osasco (2003/2004). Com a Seleção Brasileira, ficou na quarta colocação nos Jogos de Atenas-2004. Foi eleita a melhor líbero da Copa do Mundo do Japão em 2003, do Grand Prix da Itália em 2006 e da Copa Pan-Americana em Porto Rico, também em 2006.
A jogadora acumula ainda prêmios individuais como melhor bloqueadora da Superliga 1996/1997 com o Blue Life/Pinheiros; foi a melhor líbero da Superliga 2001/2002 pelo BCN Osasco; ganhou o título de melhor defesa da Superliga 2002/2003 novamente pelo BCN; ficou com o troféu de melhor defesa na temporada 2003/2004 com o MRV/Minas e foi outra vez o destaque da defesa na Superliga 2005/2006 pelo Finasa/Osasco.