Barueri, mais uma vez, recebeu neste sábado o Jogo das Estrelas do Instituto Serginho 10, do líbero bicampeão olímpico. E a cada nova edição o evento muito bem organizado amadurece e mostra ser possível unir uma ação beneficente, recheada por craques do passado, do presente e do futuro, embalado como produto para a TV.
É muito bacana como Serginho Escadinha, com todo o seu carisma, consegue fazer com que esse evento cresça. Começou no primeiro espaço do Instituto, em Guarulhos, e ganha corpo a cada ano. Em 2025, teve um pequeno torneio das categorias de base antes do Jogo das Estrelas, aproximando quem sonha em ser profissional dos ídolos.
O carisma do maior líbero do vôlei masculino em todos os tempos ainda permite uma transmissão de TV leve, com cara de festa e um pouco de jogo de verdade. Já era assim com o Sportv e fica ainda mais claro com a CazéTV.
Tudo isso reforça uma tese já cansativa para quem me acompanha: a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), ano após ano, perde a chance de fazer algo parecido dentro da Superliga. Ela tem o Instituto VivaVôlei para servir como pano de fundo para uma ação social, ela tem os atletas, ela tem treinadores vencedores como chamariz, ela tem trânsito livre nos meios de comunicação, ela certamente teria diversas cidades interessadas em receber um evento assim. E poderia tentar atrair novos patrocinadores com um novo produto em sua prateleira.
Opções pra criar um evento assim não faltam: um jogo entre atletas do Brasil x estrangeiros presentes na Superliga, outro entre atletas sub-23 x medalhistas olímpicos, qualquer um deles recheado com a molecada atendida pelo Instituto, desafio de habilidades e por aí vai… O Serginho faz, o basquete passou a fazer nos últimos tempos e se consolidou e nem vou citar outras ligas internacionais para ficar apenas nos eventos caseiros. Alô, CBV!