O Joinville iniciará na próxima terça-feira (20/2) mais uma importante etapa do seu planejamento estratégico. Com o apoio da prefeitura local, o clube inaugura o primeiro núcleo do projeto social Novos Ventos na Escola Municipal Thereza Mazzzolli Hreisemnou, no Bairro Jardim Paraíso, zona norte da cidade.
No local, serão abertas 60 vagas para jovens com idades entre 12 e 15 anos que estudam na escola. Eles serão divididos em duas turmas e terão aulas de mini vôlei duas vezes por semana, em horários alternativos ao turno escolar. Idealizado por Giovane Gávio, o projeto busca promover a inclusão por meio do esporte e estimular jovens em idade escolar a praticarem a modalidade.
– A gente quer que os jovens encontrem aqui uma oportunidade de aprendizado tomando como referência os valores olímpicos, que são amizade, respeito e excelência – diz Giovane, presidente do Joinville, estreante na Superliga 23/24.
O bicampeão olímpico acrescenta que outros núcleos do projeto serão anunciados e implementados ainda neste ano.
– Este é apenas o primeiro passo. Nosso coordenador, o Evandro (Batista), trabalha para que outros núcleos sejam implantados aqui em Joinville e cidades da região.
Ex-jogador do clube, o joinvilense Evandro assume a coordenação do projeto social. Segundo ele, o projeto é um desafio pessoal e traz muita satisfação.
– Estou muito empolgado pelo desafio. Foram mais de 25 anos como atleta profissional e, agora, aos 43 anos, vivo um outro momento à frente do projeto social. Agradeço imensamente a todas as pessoas que ajudaram a consolidar essa proposta que tem como objetivo principal acolher esses jovens e dar a eles uma oportunidade de crescimento, de formar cidadãos – ressalta Evandro.
O ESPORTE COMO ELO DE MUDANÇA
Para atuar como embaixador do Projeto Novos Ventos, a diretoria do Joinville Vôlei convidou o estudante Arthur Eberhardt Vetter, de 7 anos, que teve sua vida literalmente transformada pelo esporte. De acordo com os pais dele, Kauê e Syomara Vetter, a rotina da família mudou por completo depois que passaram a frequentar os jogos do clube no Centreventos Cau Hansen.
– Após a pandemia, a gente sentiu que precisava envolver o Arthur em outras atividades. Foi aí que apareceu o vôlei, um esporte que a gente gosta muito e que ele acabou se apaixonando – afirma Syomara.
Após assistir a um jogo, Arthur não parou mais de falar dos jogadores e de imitar eles e o treinador (Pedro Uehara) em casa.
– Para a nossa surpresa, ele se adaptou rapidamente ao ambiente da torcida, dos sons e barulhos. Foi muito legal. Hoje, o vôlei é tudo para o Arthur – completa Syomara.
– A gente não esperava por isso. Somos muito gratos por tudo que o clube vem fazendo. Mesmo com a síndrome (de Down), o Arthur tem provado que pode fazer qualquer coisa, assim como outras crianças. O voleibol permitiu a ele uma grande evolução – atesta Kauê.