O técnico da Seleção Brasileira Feminina de Vôlei José Roberto Guimarães contou o que conversou com as jogadoras antes da partida contra a Turquia, na madrugada desta sexta-feira (22.09), pelo Pré-Olímpico de Tóquio, no Japão, diante da notícia da morte da ex-central do Brasil, Walewska, na noite da quinta-feira, em São Paulo, aos 43 anos.
José Roberto foi técnico da Walewska de 2001 a 2008, quando a jogadora se despediu da Seleção Brasileira com a conquista da medalha de ouro inédita nos Jogos de Pequim-2008. Wal conquistou também o bronze nos Jogos de Sydney-2000, mas sob o comando de Bernardinho.
– Ficamos sem chão. É um momento muito difícil, de muita tristeza. A Walewska foi um exemplo de dedicação, comprometimento, a atleta que todo técnico gostaria de ter – disse Zé Roberto, em entrevista ao SporTV após a partida.
O Brasil perdeu para a Turquia por 3 sets a 0. Antes da partida, o treinador tricampeão olímpico falou para as suas comandadas sobre o legado deixado por Walewska ao vôlei brasileiro:
– Eu falei um pouquinho do significado dela como atleta e pessoa. A Walewska tinha muita disciplina, comprometimento, se preocupava com as outras jogadoras de time, tinha a preocupação com ela, com os seus fundamentos, de fazer tudo bem feito, da melhor forma possível, de fazer tudo convergir em prol do time. Então, ela deixou isso. O legado dela como atleta é um dos maiores exemplos que eu já vi – completou José Roberto.
O Brasil ocupa a terceira colocação do Grupo B do Pré-Olímpico com 11 pontos e uma derrota em cinco jogos. O time volta à quadra na madrugada deste sábado para enfrentar a Bélgica, às 4h (horário de Brasília). Na sequência, às 7h20, Turquia e Japão fazem o duelo de invictos na chave. Os dois confrontos serão transmitidos pelo SporTV. A partida entre turcas e japonesas terá transmissão, sem imagens, pelo canal do Web Vôlei no YouTube.
O Brasil precisa vencer a Bélgica e o Japão para conquistar a vaga para os Jogos de Paris-2024 pelo Pré-Olímpico – apenas os dois primeiros da chave se classificam. No entanto, mesmo se não garantir a vaga na competição em Tóquio, a Seleção muito provavelmente vai carimbar o passaporte para a França na classificação pelo ranking, no ano que vem.