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Julia Bergmann na NCAA: “Sei que foi um risco para a minha carreira”

Em entrevista ao site VolleyballMag.com, Julia Bergmann falou sobre a escolha pelo vôlei universitário dos Estados Unidos
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A ponta Julia Bergmann deu uma entrevista ao site VolleyballMag.com sobre a experiência na NCAA, a liga universitária dos Estados Unidos.

A jovem de 18 anos está estudando física na Universidade de Georgia Tech, em Atlanta, além de jogar vôlei. Uma opção por conciliar o estudo com o esporte, garantir um diploma e apenas após a formatura poder jogar a modalidade profissionalmente por um clube.

– Sei que foi um risco para a minha carreira, mas quero continuar jogando vôlei profissional depois de terminar a universidade. Porém eu quero ter uma formação, caso aconteça alguma coisa – explicou Julia.

Em 2019, ela foi convocada pela primeira vez para a Seleção Brasileira adulta. Disputou a Liga das Nações e o Pan-Americano de Lima, no Peru. Durante os treinamentos, em Saquarema, e as viagens, conversou muito com José Roberto Guimarães sobre o futuro. E deixou claro a preferência pelo caminho americano, ciente de que poderá atrasar a consolidação na Seleção.

– Ganhei muita experiência jogando esses três, quatro meses com a Seleção adulta. Foi uma honra jogar com a Gabi, com a Natália. Ganhei muito neste período – admitiu.

Em ação contra o Japão durante a última Liga das Nações (FIVB Divulgação)

Para não deixar Julia fora do radar de Zé Roberto, a escolha por Georgia Tech pesou. Na equipe, Julia Bergmann tem como um dos assistentes técnicos o brasileiro Claudio Pinheiro, durante 12 anos auxiliar de Zé Roberto na Seleção feminina. Claudinho, como é chamado, foi bicampeão olímpico em 2008 e 2012.

– Com certeza fez diferença na minha escolha a experiência olímpica dele. Tem muita coisa pra ensinar. Georgia Tech ainda é uma das melhores universidades dos EUA. Foi um casamento perfeito. Confio muito nele e na Michelle (Collier, treinadora) para melhorar como jogadora – disse Julia.

Julia chegou à universidade dois meses atrás. Diz já estar adaptada com a rotina de estudar e jogar. Ela também elogia o modelo americano, já que possui acompanhamento acadêmico durante as viagens para jogar a NCAA.

Em quadra, ela admite ter sentido dificuldade com as regras diferentes do vôlei universitário americano. E realmente algumas são bem esquisitas.

– Foi muito estranho quando eu vi pela primeira vez uma líbero sacando. E eu também não sabia que a bola pode bater no teto e voltar para o jogo. Algumas vezes eu comemorava antes de o ponto acabar – contou.

Comemoração com o Georgia Tech (Divulgação)

Até agora, Georgia Tech soma 15 vitórias e sete derrotas. Os últimos sete triunfos foram consecutivos. Nas estatísticas, Julia atuou todos os sets da equipe e lidera nos ataques e aces, além de ser a segunda melhor na defesa.

Sobre o futuro na Seleção, Julia Bergmann faz planos. Ela também admite sonhar com uma carreira internacional por clubes após a formatura. Nascida na Alemanha, ela sabe que ter o passaporte europeu é um facilitador para fazer carreira no Velho Continente, já que não seria considerada estrangeira (cada país tem um limite para atletas de outras nacionalidades).

– 2019 foi foi primeiro passo na Seleção adulta. Estando aqui não vai atrapalhar. Vou continuar trabalhando. É lógico que eu gostaria de jogar uma Olimpíada. Mas se não for para jogar em 2020, pode ser em 2024 ou depois. Vamos ver – disse. – Sonho em jogar a Superliga no Brasil.

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