O ponteiro Kadu tem motivos para celebrar uma temporada especial com a camisa do Al-Nassr, da Arábia Saudita. Em seu primeiro ano no clube da cidade de Riad, ele já é reconhecido como um dos responsáveis por colocar o grupo alguns degraus acima no país. Em maio, a equipe ficou com a prata na Saudi Federation Cup, e o brasileiro entrou para o “Time dos Sonhos”, como um dos melhores de sua posição.
O Al-Nassr é uma das agremiações esportivas mais tradicionais da Arábia Saudita e vem investindo pesado em diversos esportes. No futebol, por exemplo, contratou o atacante Cristiano Ronaldo no final de 2022. Os investimentos no vôlei também estão em alta, e o resultado já se reflete nesta temporada.
Kadu revela que tem trabalhado com o objetivo de dar o primeiro título ao Al-Nassr na nova fase do clube, mas faz questão de destacar a importância da presença do clube nos principais pódios até agora.
-Procuro sempre trabalhar o meu melhor individualmente e ajudar o time a alcançar os objetivos. O Al-Nassr montou um time para subir o nível do voleibol e estamos fazendo história – conta Kadu, em entrevista ao Team GM.
O último objetivo já está bem definido: a Saudi Arabia Supercup, entre 22 e 25 de maio.
– Vamos em busca do nosso terceiro pódio na temporada. Temos que vencer para fechar 2024/2025 com chave de ouro – comenta.
O ponteiro de 30 anos e 2,00m está na terceira temporada na Arábia Saudita e a quinta no Oriente Médio. Nos últimos anos, acumulou passagens por Baniyas (EAU) e Al Hilal (SAU) e agora acredita estar vivendo a sua melhor fase da carreira, tanto tecnicamente quanto fisicamente.
– O mercado do vôlei é competitivo. Às vezes sem oportunidades com bom retorno financeiro. Quando descobri o mundo árabe, me adaptei. Meu estilo de voleibol se encaixou. Aqui, eles buscam resultados. Por isso, a rotatividade de atletas e de técnicos é muito maior. Acredito que venho fazendo bem o meu, com isso me mantenho em alta. A minha decisão foi de entregar o meu melhor profissionalmente e que o ressarcimento fosse compatível com o que entrego – analisa.
Kadu, que defendeu também o Pinheiros, o Sada Cruzeiro, o Montes Claros e clubes na Europa, falou ainda sobre o desenvolvimento pessoal e profissional do outro lado do mundo.
– O mais positivo é o desenvolvimento como atleta. A sobrecarga individual é muito maior, consequentemente você acaba evoluindo mais tecnicamente. Ganhei poder de decisão em momentos difíceis. O mais difícil é a adaptação à cultura, bastante diferente. Como brasileiro, sinto falta de casa, da família e dos amigos, mas estou feliz com o que venho construindo, me destacando e jogando finais com os times em que trabalho – concluiu o jogador.