A volta de Jordan Larson, 36 anos, é a melhor notícia que Karch Kiraly poderia receber em um ano pré-olímpico. Mais do que uma história gloriosa em um passado recente, ela ainda é atualmente uma peça-chave para fazer o time dos Estados Unidos jogar.
Desde o ouro na Olimpíada de Tóquio, a seleção americana sofreu baixas importantes nas pontas. Além de Larson, Kiraly deixou de contar com Kimberly Hill e Michelle Bartsh-Hackley. E assim a linha de passe mais segura do mundo, completada por Kelsey Robinson-Cook, se desfez.
Quem chegou não conseguiu dar conta do recado. Kara Bajema e Kathryn Plummer são mais ponteiras de definição do que de composição. Com o passe instável, os Estados Unidos deixaram de ser os Estados Unidos. O veloz e seguro time passou a depender mais de bolas altas no ataque. E aquela identidade tão conhecida dos últimos ciclos olímpicos deixou de existir. De três títulos de Liga das Nações (2018, 2019 e 2021), o time americano foi apenas quinto colocado em 2022.
Com a inscrição de Larson na VNL-2023, Kiraly ganha mais do que uma capitã, uma referência, uma líder. Ela volta a ter a oportunidade para ajudar a resgatar um modelo de jogo. E recolocar o time americano na briga com Sérvia, Itália, Brasil…
Prata em Londres-2012, bronze na Rio-2016 e ouro em Tóquio-2021, Jordan Larson sonha em encerrar a trajetória na seleção dos Estados Unidos com uma quarta medalha em Paris. E é bom não duvidar da chicleteira mais famosa!
Por Daniel Bortoletto