Nove anos após ser semifinalista nos Jogos Olímpicos de Londres, a Coreia do Sul está de volta à disputa por medalhas. Na noite desta terça-feira, em Tóquio, vitória da equipe dirigida por Stefano Lavarini, de virada, sobre a Turquia por 3 sets a 2, parciais de 17-25, 25-17, 28-26, 18-25 e 15-13.
Em 2012, a seleção da Coreia terminou na quarta colocação, repetindo a colocação obtida em Munique-1972. Seu melhor resultado foi o bronze em Montreal-76. Volta a ter uma chance de subir ao pódio pela primeira vez desde então.
Estrela da companhia, Kim Yeon Koung foi protagonista. A ponteira e capitã sul-coreana anotou 28 pontos, 26 no ataque, um no bloqueio e um no saque. A destacar ainda ainda a central Hyo Jin Yang, responsável por seis pontos de bloqueio, metade de todo o time no fundamento.
Kim, que já anunciou 2021 como o ano de sua despedida da seleção, sempre disse que o sonho era dar adeus com medalha. Parecia quase impossível, analisando o poderia de adversários e o momento da Coreia. Perdeu as irmãs Lee, punidas após um escândalo nacional por bullying, ficou em penúltimo lugar na última Liga das Nações e parecia carta fora do baralho em Tóquio. Poucos acreditavam na possibilidade de concretização do sonho. Kim Yeon Koung e Lavarini provam que a maioria estava errada.
Pelo lado turco, a instabilidade do passe fez o ataque não funcionar em parte do jogo. Baladin, por exemplo, com 1 de 7 em aproveitamento, foi sacada no decorrer do segundo set e não voltou mais. Giovanni Guidetti apostou em Ercan para fazer dupla com Ismailoglu, usando Senoglu quando precisou “desenroscar” alguma rede de ataque e em todo o tie-break. Boz, titular no lugar de Karakurt na saída de rede, foi a bola de segurança de Ozbay, anotando 24 pontos. As centrais Erdem e Gunes fizeram mais 15 e 14, respectivamente. Mas os erros em momentos decisivos custaram caro e a Turquia segue sem chegar longe numa Olimpíada.
A Coreia do Sul espera agora por Brasil ou Rússia na semifinal.