No mesmo dia em que foi anunciado como novo reforço do Piacenza, o ponteiro Leal atacou o Modena, clube que defendeu na última temporada do Campeonato Italiano, pela conduta do clube em relação à lesão no joelho sofrida pelo cubano naturalizado brasileiro.
Por meio de seu Instagram, o jogador da Seleção Brasileira se defendeu de supostas acusações do clube de que teria “feito a equipe perder o campeonato”. O Modena foi eliminado nas semifinais. O Civitanova conquistou o scudetto ao derrotar o Perugia na série decisiva.
Leal ficou afastado das quadras por dois meses e duas semanas. Ele afirma que a lesão era mais grave do que o imaginado inicialmente, e mostra insatisfação sobre a forma como o Modena lidou com o problema.
– Minha lesão foi tratada superficialmente e diminuída a tal ponto que eles alegaram que eu poderia continuar jogando e que, se eu não jogasse, era por vontade própria. Em toda a minha carreira nunca recuei de desafios. Sempre quis participar na linha de frente, porque para o bem ou para o mal, nunca abandonei meus companheiros. Então, a última das minhas intenções era não jogar. Quem me conhece sabe o quanto eu sofri por essa minha impossibilidade – declarou o ponteiro.
Leal já soma quatro temporadas na Itália: três pelo Civitanova e uma pela Modena. O atleta tinha um contrato até 2024 com ex-time, mas, além dos problemas com a diretoria, o processo de venda do controle acionário e uma diminuição do orçamento já indicavam a saída de alguns dos astros.
Confira o relato completo de Leal:
“Chegou a hora de dar minha opinião, pois até agora me abstive de qualquer declaração oficial. Hoje é minha vez. Em primeiro lugar, gostaria de esclarecer que não fiz ninguém perder o campeonato, como foi declarado pelo clube e pelos torcedores. Um jogador profissional pode se envolver em uma lesão mais ou menos grave e, nesse caso, é DEVER da empresa saber lidar com o tipo de problema, com as terapias e tratamentos adequados.
Minha lesão foi tratada superficialmente e diminuída a tal ponto que eles alegaram que eu poderia continuar jogando e que, se eu não jogasse, era por vontade própria. Em toda a minha carreira, nunca recuei de desafios. Sempre quis participar na linha de frente, porque para o bem ou para o mal, nunca abandonei meus companheiros. Então, a última das minhas intenções era não jogar. Quem me conhece sabe o quanto eu sofri por essa minha impossibilidade.
No final, o que realmente importa são as evidências. Fiz verificações e visitas apenas para mostrar que meus problemas eram REAIS… e talvez até piores do que pensávamos!!! Por isso me vi tendo que parar por dois meses e duas semanas, nos quais tive que fazer terapias intensivas para poder voltar a jogar com a seleção brasileira.
Quero sublinhar tudo isso porque afeta minha imagem e seriedade como atleta. Sempre cumpri todos os meus deveres e sempre tentei dar o melhor. Não quero que recebam a mensagem errada sobre mim, tanto como atleta quanto como pessoa.”