Ao mesmo tempo, em que os holofotes do vôlei mundial se voltam para a Liga das Nações (VNL), paralelamente ocorrem os Campeonatos Europeus de seleções que buscam ascensão no cenário continental e mundial. Os torneios de menor importância organizados pela Confederação Europeia (CEV) buscam alavancar países emergentes, sejam elas de um nível secundário (Liga de Ouro) ou até mesmo seleções inferiores a esse nível, de terceiro escalão (Liga de Prata), conforme o ranking da CEV.
Na Liga de Ouro competem as seleções do segundo escalão. A competição prevê vaga na Challenger Cup para a equipe campeã. As participantes se enfrentam num sistema de jogos de ida e volta, sendo divididas em três grupos de três. O prêmio é de 125 mil euros, aproximadamente 700 mil reais, para os vencedores, além do direito de os dois finalistas de cada gênero se classificarem para a edição de 2023 da Challenger Cup, divisão de acesso da VNL. A equipe que terminar em último desce para a Liga de Prata em 2024.
Na última temporada, apesar de causar muita revolta nos fãs de vôlei, a Bélgica foi a seleção rebaixada, perdendo a vaga na VNL para a estreante Croácia. Com isso, as belgas entram com tudo nessa temporada tentando voltar para o lugar de onde não queriam ter saído. Para isso, óbvio que a seleção espera muito da ponteira Britt Herbots, principal estrela do país.
E ela começou com tudo, em duelo contra Suécia, da oposta Isabelle Haak, válido pela segunda rodada. A ponteira belga teve uma noite inesquecível. Herbots marcou 37 pontos: 33 de ataque e quatro aces, conduzindo sua equipe ao triunfo por 3 sets a 1 (25-22, 25-14, 20-25 e 25-17). Do lado sueco, Haak teve menos ajuda das companheiras, apesar de ter feito uma ótima partida com 31 pontos, a Suécia errou mais e não conseguiu organizar seu jogo mediante ao saque adversário.
Avançarão para as semifinais as três primeiras colocadas e a melhor segunda colocada após a fase de grupos. Além da Bélgica, a França também desponta como uma das principais concorrentes ao título. Tentando desbancar essas favoritas, estão a Suécia, a República Tcheca, que disputou o último Mundial, e a ascendente Ucrânia.
Por Robson Leal, em colaboração ao Web Vôlei