Lucão e Isac não têm em comum somente a posição em que atuam e a alta estatura. Os dois chegaram bem jovens à Seleção Brasileira masculina de vôlei, e hoje estão entre os mais experientes do time que busca o bicampeonato da Liga das Nações. Eles estarão em quadra neste sábado (11/6), às 15h, contra os Estados Unidos, no ginásio Nilson Nelson, em Brasília (DF), pela terceira rodada da competição. O Sportv 2 transmite ao vivo.
Hoje com duas medalhas olímpicas, incluindo o ouro na Rio-2016, Lucão chegou ao time verde e amarelo aos 20 anos. Após 16 temporadas representando o Brasil em dezenas de competições, o central de 36 anos, é uma das referências em quadra tanto para os mais jovens, quanto para os mais experientes.
– O central, eu fui aprendendo isso com o tempo, ele tem um papel de organizador da equipe, principalmente na parte de bloqueio, e, por consequência também a de defesa, que é o que chamamos de sistema defesa-bloqueio. E para eu, que nunca tive uma característica de ser um grande bloqueador, conseguir evoluir e fazer com que a equipe evolua junto, eu passei a estudar, a ir atrás. Hoje em dia este é um papel fundamental para um central que queira evoluir nesta parte. É preciso estar atento, buscar as informações com o banco, com as pessoas que estão ali para te passar isso, e repassar o mais rápido possível para o restante da equipe – comentou Lucão.
Se atualmente ele é uma das vozes mais experientes no grupo, é consequência do aprendizado nos primeiros anos de Seleção.
– Eu costumo dizer que eu não peguei referência de um atleta e sim de uma geração inteira. Pegamos a geração mais vitoriosa do vôlei, que foi a que me antecedeu. Para eu chegar aqui eu treinei muito com eles, ali entre 2006 e 2008. Depois já assumi uma titularidade. Eu antes ficava observando os centrais, o que eles faziam, e tentar fazer alguma coisa parecida. Se eu aprendi com alguém, eu aprendi com toda uma geração. Todo o jeito de trabalhar, de focar, mesmo ganhando tudo, continuaram determinados, treinando forte – completou.
O caminho de Isac não foi muito diferente. O central de 2,08m começou a frequentar as convocações para a seleção masculina em 2013. Naquela época, aos 22 anos, o atleta ainda estava se consolidando na carreira. Nove anos depois, é ele quem tem que passar experiência aos novatos.
– Eu estou há bastante tempo participando deste grupo. Apesar de ter mudado bastante ao longo do tempo. Eu cheguei em 2013, e tudo era novidade, eu estava aproveitando a oportunidade de vivenciar jogos em alto nível, e vestir a camisa da seleção brasileira. E hoje eu vejo que esta trajetória valeu a pena. Me dedicar ao máximo, estar a todo momento tentando melhorar. Aprendendo com os melhores, que são os que estão aqui, os melhores do país. Hoje tenho mais experiência – comentou Isac.