O ponteiro Lucarelli acredita que pequenos detalhes poderiam ter mudado o jogo a favor da Seleção Brasileira nos dois primeiros sets da derrota para a Itália, na estreia nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Responsável por 14 pontos na partida, o campeão olímpico vê o time em condições de corrigir as falhas a tempo do compromisso decisivo contra a Polônia, na quarta-feira, às 4h (de Brasília).
– É difícil falar. Tiveram vários pequenos detalhes, que às vezes até ocorreram do lado deles também, mas se a gente tivesse feito um pouco melhor, os dois primeiros sets teriam sido diferentes. A gestão de bola alta em alguns momentos poderia ter sido um pouco melhor. A questão do passe a gente poderia, em alguns momentos, ter feito opções melhores. São muitos detalhes que a gente sabe que a gente pode fazer melhor. É evoluir para o próximo jogo – afirmou o jogador.
O revés obriga os comandados de Bernardinho a entrarem em quadra contra os poloneses como se fosse uma final. O torneio olímpico do vôlei agora conta com três grupos, e os dois melhores de cada, além dos dois melhores terceiros colocados, avançam às quartas de final. A chave brasileira tem ainda o Egito.
– Não é a melhor maneira possível de começar, mas ainda temos um caminho longo. O mais importante agora é o próximo passo, que é o jogo da Polônia. Fica um pouco de frustração de saber da possibilidade de poder vencer um dos dois primeiros sets. Mas a gente não tem muito tempo para lamentar, porque o jogo é daqui a quatro dias. A gente tem que focar agora em já adaptar o horário, que vai ser um pouco mais cedo, e chegar no nosso melhor possível. A gente sabe de coisas que a gente precisa adaptar e ajustar e é isso que a gente vai focar nesses dias antes da partida – disse Lucarelli.
A grande diferença a favor dos italianos nos bloqueios (13 pontos, contra quatro do Brasil) foi outro aspecto que pesou para o resultado. Lucarelli acredita que a marcação sobre o ponteiro Michieletto foi dentro do planejado, mas admitiu que o time deixou a desejar no fundamento.
– Eu acho que a gente fez um bom trabalho de bloqueio na questão de toques, porque o Michieletto, que é um jogador excepcional, a gente conseguiu várias vezes tocar. Bloquear ele é quase impossível, porque ele ataca realmente muito alto, mas a gente teve muitas defesas, então acho que o bloqueio nesse sentido funcionou bem. Nos meios e com o oposto a gente realmente não conseguiu achar – analisou Lucarelli.