O técnico do Osasco/Audax, Luizomar de Moura, criticou a falta de estrutura de grande parte dos ginásios brasileiros na Superliga. Na noite desta sexta-feira, a partida entre o seu time e o Hinode/Barueri, do técnico José Roberto Guimarães, foi interrompida por conta da forte chuva que castigou São Paulo e do grande número de goteiras no ginásio José Corrêa, em Barueri, impedindo a realização do restante do jogo.
O Osasco tinha vencido o primeiro set po 25 a 23, de virada quando a luz acabou por conta da forte chuva. O gerador funcionou mas, assim que a luz voltou, as goteiras no ginásio inviabilizaram a continuidade do jogo. A CBV vai estudar uma nova data para a realização do confronto, válido pela quinta rodada da Superliga Cimed Feminina.
– Uma pena. Trabalhamos forte nos últimos dias, depois de duas derrotas seguidas. O time estava ferido e apresentou bom volume com poucos erros no primeiro set. Uma pena para o vôlei, sabemos o quanto precisamos da tv e do público. Não podemos ter situações amadoras como essa numa liga profissional como a nossa – disse o treinador.
O delegado da partida, Almir Sousa, tentou definir uma nova data para o confronto com os dois treinadores, mas não houve acordo. Na semana passada a partida entre EMS/Taubaté e Itapetininga, em Taubaté, pela Superliga Cimed Masculina, também foi adida por conta de goteiras no ginásio. Na ocasião, os jogadores esperaram quase quatro horas antes de terem a partida oficialmente cancelada.
O meio-de-rede do Corinthians/Guarulhos e da Seleção Brasileira Cidão, que acompanhava o jogo da esposa Dani Lins, levantadora do Osasco, também criticou a infra-estrutura.
– 90% dos ginásios do Brasil têm esse problema (goteira), infelizmente. Em três anos na Itália, nunca vi uma partida ser interrompida por causa de goteiras – disse o jogador.
Nessa sexta-feira, o delegado resolveu encerrar o confronto após pouco mais de meia hora de paralisação. Muitos torcedores já haviam deixado o ginásio.