O técnico Luizomar de Moura deu força à oposta Tandara, que testou positivo para a substância Ostarina – da família dos anabolizantes – em exame feito em julho, durante a preparação da Seleção Feminina para os Jogos de Tóquio, em Saquarema (RJ), mas cujo resultado só saiu no dia 5 de agosto, véspera da partida do Brasil contra a Coreia do Sul pelas semifinais da Olimpíada. Tandara deve apresentar a sua defesa até hoje (quando termina o prazo de 7 dias), mas o processo pode durar meses até o julgamento.

– A Tandara está muito bem assessorada por um dos principais advogadas da área. O processo corre em segredo. Nesse momento, eu apoio a menina que eu conheço desde muito tempo. Se Deus quiser, isso vai ser resolvido. A gente torce par que seja acidental, como ela falou. Eu acredito – disse Luizomar, em live com o Web Vôlei na última quarta-feira à noite.

Ele admitiu que, embora torça pela absolvição rápida da Tandara, já havia pensado em usar a oposta como ponteira em determinadas passagens, para liberar Tifanny do passe nestes momentos do jogo.

– Lógico que temos de pensar nessa situação pendente, mas, mesmo antes de tudo, na elaboração do time, pensamos na Tandara passando se for preciso. Ela nunca deixou de treinar passe. Isso faz parte do treinamento dela. A gente já tinha pensado numa composição em deixar a Tandara com um pouco mais de responsabilidade, com a Tifanny menos. Vamos sentir o jogo e fazer o treinador adversário ter de mudar a estratégia de saque. Eu gosto muito da Tifanny na saída. É uma jogadora muito efetiva, assim como a Tandara. As duas podem viver sim essa situação – completou Luizomar.

O treinador também analisa a possibilidade de reforçar o elenco. A experiência no Quênia durante os Jogos Olímpicos abriu os olhos de Luizomar para algumas atletas, como Chumba. Ele admite que a presença das africanas em uma competição como a Superliga seria um enorme ganho para o futuro.

Karine, em recuperação de cirurgia, é a outra opção na saída de rede de Osasco.