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Luzia: “Posso ter altura e potencial, mas sem treinar, nada virá”

Na expectativa pela VNL, central Luzia foca em evolução, cita mudanças de perspectiva no vôlei e elogia Helena
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Um dos grandes talentos da nova geração em busca de espaço neste início de ciclo olímpico, a central Luzia se vê em um momento inédito na carreira. Aos 21 anos e com um histórico vitorioso nas categorias de base do país, ela reconhece as diversas qualidades que a credenciam a lutar por um espaço na Seleção Brasileira, em ajustes finais para a estreia na Liga das Nações (VNL). Mesmo assim, mantém a frieza. Sua prioridade é estar em quadra o máximo de tempo possível, treinar e absorver o que puder de suas referências.

– Sei que eu tenho que buscar minha evolução e que eu não vou conseguir nada se eu não treinar. Eu posso ter altura, posso ter potencial, talento, posso ter qualquer coisa. Mas se não treinar, nada virá, ninguém vai me dar. Então, sei o que eu preciso melhorar e eu acho que esse é o primeiro passo – disse Luzia ao Web Vôlei, durante o lançamento da nova linha de uniformes da Seleção Brasileira, fornecida pela Volt.

Com 1,99m e feitos expressivos no currículo, como melhor central do Mundial sub-21 de 2023, Luzia é um dos nomes que marcam a renovação na posição após as saídas de Thaisa e Carol. Em 2024, foi convidada por José Roberto Guimarães para os treinos da equipe verde e amarela e chegou a entrar em quadra diante da torcida no Maracanãzinho. Após um ano, as emoções, ainda que intensas, são outras.

– Eu estive aqui no ano passado e eu achei que seria o mesmo sentimento, mas sempre tem algo novo. É sempre algo diferente e especial. Desta vez, eu tenho mais responsabilidade. Como já passei por isso, não posso falar que tem aquele nervosismo de estreia. Mas as meninas continuam me ajudando muito. São minhas referências. Quero treinar muito, porque a VNL já já começa e a gente espera estrear com o pé direito – afirma a jovem.

O início de trabalho motiva Luzia, que além de valorizar cada etapa de sua evolução, vibra com a performance das companheiras. Uma delas tem um lugar especial no coração da meio de rede.

A ponteira Helena, de 20 anos, esteve ao lado da central em diversos momentos, desde as categorias de base, passando pela prata no Pan de Santiago 2023, até a estreia na Seleção principal, no ano passado.

– Somos um grupo muito unido e todas se apoiam. A Helena está treinando muito bem. Ela está melhorando movimento de ataque dela, pegando alto. Estou ansiosa por ela.

Luzia revelou que a temporada de clubes com o Flor de Ypê/Paulistano/Barueri foi desafiadora na parte física. Por causa das dores do dia a dia, precisou ser poupada de treinos. Por isso, valoriza ainda mais a constância do trabalho em quadra.

– Não foi nada grave, mas as dores interferem nos treinos. Foi uma temporada que me fez mudar a minha perspectiva com o vôlei. Foi a primeira vez que eu tive um baque físico e entendi que isso vai atrapalhar dentro de quadra, mas aprendi que isso passa. Rápido até. É só a gente colocar a cabeça no lugar e ficará tudo tranquilo. Hoje, está tudo bem – explicou a jogadora.

As palavras da central são de quem já assimilou lições importantes, mesmo tão jovem, e pretende levar os aprendizados para o novo ciclo olímpico.

– Sempre tive pessoas certas na minha carreira que souberam o que me falar, como me tranquilizar. E eu me tranquilizo muito. Não me apego às vitórias, nem às coisas que erro, nem às derrotas. Fica mais fácil lidar assim. Se você não ficar lembrando de tudo, sejam as conquistas ou os seus erros, e der atenção para o que precisa melhorar, acho que tudo fluirá melhor – completou Luzia.

Tags: Liga das NaçõesSeleção BrasileiraVNL

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