O ex-levantador da Seleção Brasileira, campeão olímpico nos Jogos do Rio-2016, atualmente comentarista do SporTV, tocou em um dos pontos que mais são alvo de críticas em relação ao técnico Renan dal Zotto, comandante do Brasil: a falta de mais orientações táticas e instruções diretas aos jogadores durante os pedidos de tempo técnico.

O Brasil perdeu para a Alemanha por 3 sets a 1, na noite da última terça-feira (03.10), de virada, diante de um Maracanãzinho lotado e completamente vestido de amarelo, e complicou a sua situação no Pré-Olímpico Masculino de Vôlei 2023. No quarto set, depois de tomar a virada nas parciais anteriores, o Brasil perdia por 5 a 2 e Renan pediu tempo. Renan subiu o tom, chamou a atenção dos jogadores, falou palavrão, mas não apontou um caminho para tentar parar a Alemanha àquela altura da partida.

– Jogando atrás no placar é complicado. Mas a gente não viu nenhuma instrução para tentar mudar, uma estratégia tática, por exemplo, do jogo, para tentar sair dessa situação. O “Vamos lá”, “Vamos rodar bola” a gente já sabe. A gente precisa pensar numa estratégia para sair desse buraco”, disse William, que se aposentou com a camisa do Itambé Minas no ano passado.

Quarto colocado na classificação do Grupo A, atrás de Itália, Alemanha e Cuba, o Brasil volta à quadra na noite desta quarta-feira para enfrentar a Ucrânia, às 20h30, com transmissão pelo SporTV e a pressão de vencer, de preferência sem perder sets, para manter as chances de classificação para Paris-2024 pelo Pré-Olímpico e também para não perder pontos no ranking mundial.

Diante da possibilidade de não se classificar pelo Pré-Olímpico, a chance de o Brasil avançar para Paris-2024 será a classificação pelo ranking, no ano que vem, depois da campanha na VNL. Portanto, cada vitória, cada set passa a ter importância desde já.

A derrota de ontem já custou a queda de uma posição no ranking, para o Japão. O Brasil agora é quinto colocado e a Argentina, rival pela vaga para os Jogos de 2024, aparecem logo atrás, na sexta colocação.