Na fase de classificação da Liga das Nações masculina de vôlei (VNL) de 2025, um jogador foi titular em todas as 12 partidas da Seleção Brasileira: o líbero Maique. E ele retribuiu a confiança da comissão técnica com boas atuações.
Maique lidera a VNL no ranking de defesas (101 ações). Na recepção, ele aparece em segundo lugar ao analisar a quantidade de ações excelentes (76) e em terceiro no percentual de positividade (59%).
Números importantes para ajudar o Brasil na campanha de 11 vitórias em 12 jogos na Liga das Nações, além de consolidar Maique como titular neste início de ciclo olímpico. Na terceira etapa e nas finais da VNL, inclusive, ele foi o único líbero relacionado por Bernardinnho entre os 16 jogadores.
Atualmente, a Seleção treina em Kariya, no Japão, antes de embarcar para Ningbo, na China, local da fase final da VNL, na próxima semana. Durante um treino e outro, Maique respondeu algumas perguntas do Web Vôlei sobre a campanha do Brasil e sua performance até aqui na VNL.
Liderança, apenas uma derrota em 12 jogos. Como você define a campanha do Brasil até aqui?
A campanha que a gente fez até aqui foi muito boa. A gente tem trabalhado muito, estudado muito, pensando sempre na evolução de cada um e do coletivo. E acredito que isso seja nítido pra quem está de fora. Estamos unidos, como um time. Temos uma comissão técnica que estuda e trabalha muito pra que a gente possa se desenvolver da melhor forma possível. Ter terminado a fase de classificação em primeiro lugar é um sinal muito positivo, de que estamos no caminho, que devemos acreditar no nosso trabalho. Estou muito orgulhoso desse trabalho coletivo que temos mostrado.
Você terminou a fase de classificação da VNL como melhor defensor. O que significa a liderança neste ranking para você?
Claro que é importante terminar a fase classificatória como melhor defensor e, também, segundo melhor passador da competição. É um sinal positivo do meu trabalho, do que eu tenho desempenhado. Trabalhei todos esses anos pra conquistar um espaço na Seleção. Então fico muito feliz com isso, é reflexo do meu trabalho, significa que estou no caminho certo e isso me motiva para crescer ainda mais, eu posso ir mais além. Não é um trabalho de pouco tempo, é desde quando comecei no esporte, ainda criança. Estou muito feliz e motivado para evoluir ainda mais.
Durante a etapa do RJ, Bernardo fez elogios a você ao fim de um jogo e na sequência reforçou que seguiria cobrando pois vê muito potencial no seu crescimento. Quais aspectos ele mais vem cobrando você?
O Bernardo realmente vê um grande potencial em mim. Ele me cobra em todos os aspectos para ser o mais perfeito possível em todas as ações, levantamento, passe, defesa, até porque ele acredita no meu potencial e vê que eu trabalho muito por isso. Fico muito feliz com tudo isso, até porque ele é um cara excepcional, está sendo incrível trabalhar com ele. Sempre foi um sonho pra mim, então estou querendo agarrar essa oportunidade, evoluir e sugar o máximo do que ele pode me passar. Não só como atleta, mas como ser humano também.
Por fim, sobre o duelo com a China, nas quartas de final. Eles jogarão em casa e como franco-atiradores, sem muita responsabilidade. Como lidar com os perigos de um jogo decisivo assim?
Agora começa uma outra competição e estamos trabalhando visando esse jogo contra a China. Vai ser difícil, eles vão jogar em casa. Mas estamos focados e trabalhando muito para potencializar e evoluir nossa equipe e, ao mesmo tempo, estudando a equipe deles. É um mata-mata e não podemos entrar relaxados. Estaremos preparados para dar o nosso melhor nessa partida e conseguir uma vaga na semifinal.